Nem insegurança na BA reduz foliões

A menos de 15 dias para o ‘Sábado de Zé Pereira’, data que marca o início do Carnaval, já não existem mais pacotes disponíveis para venda nas agências de viagens paraibanas.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem na Paraíba (Abav-PB), Roberto Brunet, os pacotes para duas pessoas estavam sendo comercializados por valores entre R$ 2 mil e R$ 8 mil. “Não temos mais nenhum pacote, nem mesmo os mais caros”, ressaltou.

Até mesmo para Salvador, onde existe o clima de insegurança por causa da greve dos policiais militares, todos os pacotes já foram vendidos e, mesmo com 92 mortes registradas em apenas sete dias, nenhuma desistência foi registrada entre as pessoas que compraram os pacotes nas agências.

“Nossa demanda para Salvador não é tão grande. É claro que temos paraibanos que viajam para passar o Carnaval lá, mas não é nossa maior procura. Mesmo assim, até agora não temos notícias de ninguém que tenha comprado o pacote e desistido da viagem”, comentou o presidente da Abav-PB.

Ontem, em Salvador, lojas estavam fechadas, aulas foram suspensas, shows cancelados e Justiça com atividades paralisadas. O Estado da Bahia viveu uma segunda-feira atípica por conta da greve da Polícia Militar, que chegou ao sétimo dia de protesto. O dia, que seria de retorno às aulas nas escolas, foi marcado por população com medo e ruas vazias.

Segundo Brunet, na Bahia, o destino preferido dos paraibanos para o Carnaval tem sido a Costa do Sauípe. “O complexo da Costa do Sauípe é mais afastado e não está sofrendo com estes problemas de insegurança. Mesmo em Salvador, com a presença do Exército, acredito que a sensação de medo já está diminuindo”, comentou.

Apesar de ser um dos destinos mais agitados do Carnaval no Brasil, Brunet comentou que a preferência dos paraibanos que resolvem sair do estado nos dias da “Folia de Momo” são Porto de Galinhas (PE) e Natal (RN).

Para as viagens dentro do país, Brunet comentou que a venda de pacotes aumentou em média 10% com relação ao ano passado, mas o pico de vendas foi mesmo para viagens para os Estados Unidos. “Muita gente está aproveitando os dias de folga para fazer viagens para o exterior, para os Estados Unidos, o crescimento de venda dos pacotes foi de cerca de 20%”, revelou.