POLÍTICA
Ricardo admite "convocar" Tavinho e Dinho
Sobre o tamanho da sua bancada, o socialista disse contar com 14 parlamentares. Ricardo previu uma participação dos dois no segundo mandato.
Publicado em 14/10/2008 às 10:26
Janildo Silva do Jornal da Paraíba
O prefeito reeleito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), manteve ontem o discurso de que deverá compor o seu secretariado considerando muito mais o perfil administrativo dos agentes políticos que uma eventual acomodação partidária. Agora, perguntado se poderia aproveitar os nomes de alguns suplentes como Tavinho Santos (PTB) e Dinho (PRP), Ricardo não poupou elogios aos parlamentares e previu, sim, uma participação dos dois no segundo mandato.
“Eu não tenho ainda este mapa, mas acho que são excelentes vereadores. O governo será montado na lógica de um perfil administrativo. Isto deverá ser discutido com os partidos, mas não só com eles, vamos dialogar com a sociedade civil a partir de uma lógica que vem sendo implementada. Agora, são dois grandes companheiros, que contribuíram muito para a primeira gestão e, claro, devem nos auxiliar em algumas circunstâncias, seja na Câmara ou no governo”, previu.
Apesar de estar tratando assumidamente de mudanças no seu governo, Ricardo preferiu destacar que o segundo mandato não se trata de uma ruptura com o modelo da primeira gestão. “Eu não digo que estejamos construindo um novo perfil da administração, porque este é um novo mandato onde as pessoas disseram que o que estava acontecendo era importante para a cidade. Portanto, não há uma ruptura e sim um processo de continuidade. O perfil já está traçado”, reiterou.
Sobre o tamanho da sua bancada, o socialista disse contar com 14 parlamentares, mas destacou que mesmo sem a maioria a mesa diretora conseguiu manter a governabilidade nos dois primeiros anos do seu governo. “Os partidos aliados elegeram 14 vereadores. Além disso tem várias pessoas que têm demonstrado uma postura de não tentar obstacular qualquer projeto da Prefeitura. Acho que vamos ter uma margem civilizada de conversa com a maior parte dos parlamentares, mas o principal não é se teremos ou não maioria. Se não tivéssemos, como foi no primeiro mandato, ninguém deixaria de governar por conta disso”, avaliou.
Questionado sobre a intenção do PT de assumir a Mesa Diretora da Casa, Ricardo elogiou a postura do deputado federal Luiz Couto (PT), de ouvir primeiro o prefeito, para poder levar este debate à legenda. “Eu acho que o deputado Luiz Couto tem posições muito lúcidas. Evidentemente que ele percebe a importância do Poder Executivo dialogar com sua base, buscando facilitar um arranjo que possibilite uma unidade dentro da Câmara Municipal. O meu trabalho vai ser fundamentalmente nessa linha”, insistiu.
Ainda sobre a Mesa, o socialista afirmou que só vai tratar diretamente do assunto no fim do ano, após a reforma administrativa. “Porque acho que é melhor deixar a poeira baixar. Ninguém vai definir Mesa em outubro. Quando nós formatarmos o governo, em novembro ou dezembro é que devemos tratar deste assunto”, arrematou.
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