Batinga quer trégua na AL para discutir obras de transposição

Clóvis Gaião
Do Jornal da Paraíba

O deputado estadual Carlos Batinga (PSC) fez um apelo na noite desta terça-feira (9) que em ano eleitoral acirrado como este deve ser difícil de ser atendido. Ele quer que a Assembleia Legislativa da Paraíba pare de discussões políticas improdutivas e se concentre em uma pauta de trabalho positiva que vise o desenvolvimento da Paraíba. Como exemplo, ele cita as obras de transposição do Rio São Francisco no trecho Leste, que segundo ele chegarão até o final do mês de fevereiro ao Estado com a instalação do canteiro de obras no município de Monteiro.

A informação foi repassada pelo parlamentar após conversa que manteve com responsáveis pelo projeto de transposição junto ao Ministério da Integração Nacional. As obras da transposição na Paraíba serão no trecho Leste que inicia em Monteiro pelo rio Paraíba, passa por Campina Grande e vem até João Pessoa; e do eixo Norte com uma tomada d´água pelo rio Piranhas.

De acordo com Carlos Batinga, é preciso uma união da classe política para que as obras do trecho norte tenha uma segunda tomada d´ água pelo rio Piancó fazendo com que a Paraíba fique com as suas três principais bacias hidrográficas atendidas pelas obras de transposição.“Com isso a Paraíba seria o Estado mais beneficiado com a transposição resolvendo o problema da água e possibilitando o desenvolvimento de projetos sustentáveis que alavancariam a economia no interior da Paraíba” , explicou.

O deputado Carlos Batinga propôs ainda que a mesa diretora da Assembleia incentive a discussão de temas de interesse da sociedade para que a Casa não se transforme em palanque político. Ele pediu uma trégua dos parlamentares em questões político-partidárias para que se possa discutir questões relevantes do Estado.

Outro benefício trazido pelas obras de transposição das águas do rio São Francisco, segundo Batinga, é o melhor aproveitamento dos programas e projetos de combate à desertificação no semiárido nordestino. Ele acrescentou que a Paraíba é um dos estados mais atingidos pela desertificação, com 65% do seu território em processo de degradação ambiental e de solo.

“A Assembleia não pode ficar de fora dessa discussão de vital importância para o desenvolvimento da Paraíba e espero que, mesmo sendo um ano eleitoral, a mesa diretora e os deputados incentivem essas discussões. É isso que o povo deseja”, completou o deputado.