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ECONOMIA

Ensinar finanças deve começar cedo

Pais podem começar a dar dicas de economia para os filhos a partir dos dois anos de idade.

Publicado em 15/04/2012 às 8:00


Se antes ensinar os filhos a poupar podia se resumir à compra dos “singelos” porquinhos para acumular moedas, com o apelo consumista cada vez mais forte, especialistas indicam que noções de educação financeira devem começar a ser dadas o quanto antes. Até mesmo com crianças que têm apenas 2 anos os pais já devem começar a conversar e mostrar que não podemos comprar tudo aquilo que estamos querendo naquele momento.

Conforme os consultores financeiros Guilherme Baía e Erasmo Vieira, os pais devem adotar algumas estratégias no dia a dia de modo que a criança possa começar a ter a consciência de que não devemos realizar gastos desnecessários e valorizar o dinheiro. Os procedimentos básicos que devem ser adotados podem ser aplicados de maneira contínua para crianças e adolescentes de todas as faixas etárias e uma boa conversa sobre o assunto é sempre fundamental.

A partir de alguns períodos da vida da criança, estratégias como a mesada ou a 'semanada' também devem começar a fazer parte da realidade. Para o consultor financeiro Guilherme Baía, antes de dar dinheiro para que os filhos escolham como gastar, os pais devem observar o grau de maturidade da criança. “Mais que matemática, onde a pessoa aprende os conceitos e como aplicá-los, lidar com dinheiro mexe com emoções e exige uma responsabilidade muito grande. A dose do que e do quanto ensinar a cada idade depende sempre dos pais. Em geral, aos 7 anos a criança já pode levar o dinheiro de um lanche contado para a escola e lá decidir o que comprar”, comentou Baía.

A partir do momento que o pai perceber a maturidade do filho e resolver começar a dar mesada, também deve ser definido previamente o valor a ser oferecido. “Para os menores de 10 anos, o recomendado é que seja uma 'semanada' (que o valor seja dividido por semanas). Cada um tem o seu orçamento, porém as pessoas podem tomar como base R$ 1,00 por idade, por semana. Uma criança de 10 anos receberia R$ 10,00 por semana”, aconselhou o especialista em finanças pessoais.

Depois de certo tempo dando a 'semanada' aos filhos e mostrando que o valor não deve ser gasto de uma só vez, os pais já podem começar a dar uma mesada, mas ensinando aos filhos como fazer o planejamento dos gastos. “Quando o filho achar que deve ganhar mais, o pai pode passar para uma mesada, que, didaticamente, não deve ser quatro vezes o valor da 'semanada', já para que a criança tenha a necessidade de planejar como vai gastar”, ressaltou Guilherme Baía.

“Se a criança gastar tudo de uma vez, o pai não deve adiantar a próxima, nem cobrar juros caso o faça. É importante também envolver tios e avós para que estes ajudem a fazer cumprir o que os pais determinaram. Caso contrário, a criança sempre se acostumará a buscar dinheiro numa fonte fácil e isso na idade adulta vai cobrar um preço muito caro”, acrescentou o consultor financeiro.

Outras estratégias também podem colaborar para que a criança aprenda a valorizar o dinheiro. Um exemplo é o método utilizado pela arquiteta Ana Flávia Maia, mãe de Davi, que tem nove anos e resolveu começar a oferecer mesada ao filho neste ano. Antes de entregar o dinheiro nas mãos da criança, ela resolveu mostrar ao filho que para conseguir ganhar dinheiro é preciso esforço.

Foi então que Flávia teve uma ideia. “Sempre quis incentivá-lo à leitura, mas ele não gostava muito de ler livros maiores. Então resolvi fazer o seguinte: dou o dinheiro a ele, mas só depois que ele lê o livro e me responde corretamente as perguntas que eu faço”, comentou.

“Faço isto também porque não queria entregar o dinheiro a ele sem que ele fizesse algo importante em troca. Ele precisa saber que o dinheiro tem um valor e precisamos trabalhar para recebê-lo”, comentou a Ana Flávia.

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Jornal da Paraíba

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