ECONOMIA
Inflação deixa a mesa do paraibano mais probre no primeiro trimestre
A alta no preço dos alimentos tem pesado no bolso das famílias nos primeiros meses deste ano na Paraíba
Publicado em 18/04/2015 às 8:00 | Atualizado em 15/02/2024 às 12:27
Perda de poder de compra já restringe consumo em supermercados e muda hábitos
A inflação nos alimentos tem pesado no bolso das famílias paraibanas no primeiro trimestre deste ano, e está levando às famílias diminuir quantidades nas compras de supermercados, modificar hábitos alimentares e trocar marcas de produtos.
“Troquei o frango que eu sempre comprava por outra marca mais barata”, contou a estudante Priscila Gomes. Segundo ela, os preços encontrados no supermercado estão pesando no orçamento, o que a levou a procurar produtos de marcas mais em conta. “A gente está tentando comprar tudo que precisa, mas optando por marcas mais baratas, quer dizer, menos caras”, explicou.
Além dessa mudança, Priscila afirmou que já deixou de comprar alguns produtos para não encarecer ainda mais a feira. “Um sorvete, uma sobremesa, uma coisa que não é assim tão necessária a gente acaba deixando de lado para não ficar caro”, disse.
A funcionária pública Odete Sampaio acredita que nem sempre vale a pena trocar as marcas dos produtos, pois muitas vezes os itens mais baratos têm qualidade inferior. “Prefiro investir um pouco mais em um produto de qualidade melhor, mas estou diminuindo muita coisa. Às vezes comprava lanchinhos, biscoitos, iogurtes para os meus filhos e diminuí. Na verdade, quando você para pra pensar a gente compra muita besteira”.
Odete enfatizou também que os alimentos prontos para consumo saem mais caro. “Em vez de comprar aquelas garrafas ou caixinhas com vitamina pronta, sai mais barato comprar o leite e a banana e fazer a vitamina em casa”, aconselhou.
Pesquisa de preço é outro fator a ser considerado na hora de escolher o local ideal para fazer as compras. Odete, que mora próximo à orla de João Pessoa, prefere se deslocar até o bairro da Torre para comprar. “Na praia tudo é muito caro. Para mim ainda vale mais a pena vir aqui”.
O conforto, entretanto, ainda é levado em consideração. “Aqueles atacados eu não gosto de ir porque não tem empacotador, não tem sacolinha, tem muita fila, e também é longe, eu gastaria muito combustível”, considerou.
A advogada Karla Vergara disse que também reduziu a quantidade de alimentos comprados. “A gente passa a comprar só o necessário mesmo”, comentou. Ela relatou que também trocou as marcas de alguns produtos, e tem optado por fazer as compras em grandes supermercados que vendem no atacado. “Gosto de aproveitar as promoções dos supermercados, mas o 'grosso' mesmo compro no atacado”, disse.
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