Mercado paraibano ainda é pequeno

O mercado paraibano de moda ainda está muito aquém do que o de outras cidades vizinhas, a exemplo de Recife (PE). Conforme o diretor-proprietário da Ativa Model Management, Ricardo Gomes, há dois anos João Pessoa não sedia nenhuma semana de moda. Além disso, os empresários paraibanos ainda possuem a mentalidade de importar modelos de fora e não valorizam o 'portfólio' local.

“Hoje eu exporto mais do que 'faço' trabalhos aqui. Tenho modelos em dez países do mundo (entre eles Tailândia, China, Milão, EUA, Paris) e 20 em São Paulo. Quando nossos modelos fazem sucesso lá fora e voltam de férias para a Paraíba é que conseguem trabalhos locais. Os empresários precisam descobrir que existe mão de obra qualificada no Estado. A mesma qualidade que está em São Paulo existe na Paraíba. Os olheiros internacionais vivem no Estado em busca de talentos”, pontuou.

GANHOS
Na Paraíba, existe um piso salarial fixado pelo sindicato representativo da categoria que gira em torno de R$ 150 reais pagos por trabalho de modelagem feito. “Ele varia de acordo com o tempo de utilização da imagem do modelo e se o trabalho vai ser regional ou nacional”, esclareceu Ricardo, informando que esse é o valor médio pago no Estado.

No caso dos desfiles, a diária fica um pouco maior, em torno de R$ 200 - dependendo do porte do modelo. Alguns chegam a faturar R$ 300 ou até R$ 500 por dia de passarela, mas os modelos novos ganham o piso mesmo. Conforme o presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão da Paraíba (Sated), Hermani Cruz, no Estado há cerca de 400 modelos e manequins devidamente com Registro Profissional.

“Esse registro é obrigatório para modelos e manequins acima de 16 anos. Para obtê-lo, é preciso trabalhar na área e participar de uma banca, na qual serão avaliados em uma prova teórica e outra prática”, detalhou Hermani.