VIDA URBANA
Júri de acusada de mandar matar irmão é adiado em João Pessoa
Defesa de Maria Celeste apresentou um atestado e o julgamento foi remarcado para outubro.
Publicado em 30/08/2018 às 15:21 | Atualizado em 31/08/2018 às 7:59
O julgamento de Maria Celeste de Medeiros Nascimento, acusada de planejar a morte do próprio irmão, que estava marcado para esta quinta-feira (30), em João Pessoa, foi adiado. Segundo a juíza Francilucy Rejane de Sousa Mota, o adiamento foi um pedido da defesa da ré. O júri popular foi remarcado para o dia 11 de outubro.
A morte de Marcos Antônio do Nascimento Filho aconteceu em junho de 2016 durante um assalto à padaria de propriedade dos dois irmãos. A motivação foi o fato de Marcos ter descoberto que Maria Celeste estava se desfazendo de bens da família.
“Teve um pedido da defesa formulado ontem [quarta] no final do expediente,que ingressou com atestado médico, e esse foi o motivo do adiamento. O júri já estava todo preparado para ser realizado na data de hoje”, explicou a juíza.
Maria Celeste é acusada de homicídio triplamente qualificado, roubo qualificado e falsificação de documento público, todos artigos do Código Penal. Ela foi denunciada à Justiça pelo Ministério Público da Paraíba, com outras sete pessoas: Werlida Raynara da Silva, Severino Fernandes Ferreira, Nielson da Silva, Ricardo de Souza Ferreira, Jairo César Pereira, Robson de Lima Ramos e Walber do Nascimento Castro.
Todos os acusados foram denunciados e, com exceção de Maria Celeste, recorreram da decisão, que manteve a preventiva dos mesmos, salvo a de Robson de Lima Ramos, que deverá permanecer cumprindo as medidas cautelares concedidas pelo Superior Tribunal de Justiça em um habeas corpus.
“Os demais acusados ingressaram com recurso, estão tramitando no TJPB e se poventura forem julgados até a data do júri [em outubro], serão todos julgados conjuntamente com Maria Celeste”, afirmou Francilucy Rejane.
O promotor Djaci Luna lamentou o adiamento do júri popular e disse que o sentimento era de frustração. “A sociedade está esperando Justiça. Parece uma artimanha defensiva, que não cabe. A sociedade quer justiça . Um irmã assassinar um irmão por questão patrimonial é um absurdo”, declarou.
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