VIDA URBANA
PB tem maior redução de mortes no trânsito na região Nordeste
Levantamento é da seguradora responsável pelo pagamento do DPVat.
Publicado em 20/09/2018 às 13:35 | Atualizado em 20/09/2018 às 17:09
A Paraíba apresentou uma redução de 21,95% no número de mortes no trânsito entre 2016 e 2017. O dado é referente aos casos indenizados pelo Seguro DPVat e foi divulgado pela seguradora que administra o benefício, na quarta-feira (19). O índice deixa a Paraíba como a maior queda neste tipo de registro entre todos os estados da região Nordeste.
Até o próximo dia 25 de setembro é celebrada a Semana Nacional do Trânsito, que levanta o debate sobre a importância da segurança nas ruas e da conscientização da responsabilidade da população, seja motorista ou pedestre. O boletim especial com as estatísticas do DPVat foi divulgado dentro dessa mobilização .
Segundo os dados, em 2016, foram registradas 779 casos de morte nas estradas da Paraíba que foram indenizadas pelo DPVat. No ano passado, a quantidade de registros caiu para 608, chegando a 21,95% de redução, que é o maior índice do Nordeste. Na totalidade, os números da Paraíba representam 6,81% do montante da região.
Ainda conforme o boletim, a Paraíba também apresentou uma grande redução em indenização por invalidez, um índice de 27,46%. Foram 5.076 casos em 2016 e 3.682, em 2017. Já nos registros de Despesas com Assistências Médicas e Suplementares (DAMS), foram 425 casos, em 2016, e 333, em 2017.
O boletim também aponta que a Paraíba tem uma frota formada por 1.225.796 veículos. São 534.362 motocicletas e 531.378, automóveis.
Comportamento no trânsito
De acordo com o levantamento, os jovens de 18 a 34 anos, faixa etária economicamente ativa, são as maiores vítimas do trânsito brasileiro, representando 49% das ocorrências. O boletim reúne números de acidentes ocorridos no período e já indenizados pelo Seguro DPVAT. Apenas em 2017, foram mais de 245 mil acidentes registrados no país. Na maior parte dos casos (68%), as vítimas ficaram com algum tipo de sequela permanente.
Entre os acidentes fatais, chama a atenção também o elevado número de vítimas pedestres: 22% dos casos. Já em relação ao tipo de veículo, seguindo a mesma tendência dos anos anteriores, a motocicleta foi a responsável pela maior parte das ocorrências, 76%, apesar de representar apenas 27% da frota nacional.
Além dos dados do DPVat, a Seguradora Líder também divulgou os resultados de uma pesquisa feita pelo Instituto Datafolha para para avaliar a percepção da população sobre o comportamento do brasileiro no trânsito. O objetivo é que essas estatísticas sirvam de instrumento para o desenvolvimento de ações de educação e políticas públicas de prevenção de acidentes em todo o Brasil.
O estudo ouviu 2.606 homens e mulheres, que apontaram o uso do celular ao dirigir o grande vilão do trânsito. Os entrevistados também acreditam que, apesar do endurecimento das leis, o consumo de álcool ainda é uma das principais causas de acidentes.
Segundo 63% dos brasileiros, a maioria dos motociclistas não respeita as regras de trânsito e está sempre em alta velocidade. Outros 55% disseram que os pedestres não prestam atenção nos semáforos na hora de atravessar as ruas e não usam as faixas de pedestre. Ainda de acordo com a pesquisa, a maior parte da população brasileira (cerca de 80%) acredita que as penas deveriam ser mais duras e considera que a fiscalização de trânsito ainda é ineficiente.
O DPVat
Todas as vítimas de um acidente causado por um veículo automotor, ou seus beneficiários, no caso de morte do acidentado, têm direito a receber a indenização do DPVat. As indenizações são pagas individualmente e não dependem da apuração dos culpados. Mesmo que o veículo que causou o acidente não esteja em dia com o pagamento do DPVat ou não possa ser identificado, toda vítima tem direito à indenização.
Por se tratar de um seguro de responsabilidade civil obrigatório, o DPVAT garante o direito de indenização às vítimas de acidentes de trânsito, por morte e invalidez permanente total ou parcial, além do reembolso das despesas médicas e hospitalares.
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