COTIDIANO
Espetáculo “Joanas do Brasil”
A Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc), por meio do seu Curso de Teatro, apresenta de 17 e 18 de novembro, o espetáculo “Joanas do Brasil”. Sob direção geral de Roberto Cartaxo e musical de Priscilla Cler, entra em cena o grupo do Curso de Teatro da Funesc. As apresentações serão no Teatro Santa Roza, sempre a partir das 20h. A entrada custa R$ 5 (meia) e R$ 10 (inteira).
Publicado em 16/11/2018 às 16:02
A Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc), por meio do seu Curso de Teatro, apresenta de 17 e 18 de novembro, o espetáculo “Joanas do Brasil”. Sob direção geral de Roberto Cartaxo e musical de Priscilla Cler, entra em cena o grupo do Curso de Teatro da Funesc. As apresentações serão no Teatro Santa Roza, sempre a partir das 20h. A entrada custa R$ 5 (meia) e R$ 10 (inteira).
Joanas do Brasil é um musical fruto da adaptação livre da peça do dramaturgo Paulo Pontes e do compositor Chico Buarque, ‘Gota D’água’, realizada pelo diretor Roberto Cartaxo, junto ao curso de teatro da Funesc.
A peça original foi encenada em 1975, sob a direção de Gianni Ratto e direção musical de Dory Caymmi, tendo em seu elenco Bibi Ferreira, no papel de Joana, Roberto Bomfim e Oswaldo Loreiro, que interpretaram Jasão, além de Luis Linhares, Norma Sueli, dentre outros.
Esse espetáculo, Joanas do Brasil, retrata o sofrimento da mulher que vive nas áreas mais marginalizadas e que se entrega ao amor, dando suas forças para construir o homem que ama, mas que a trocará por outra de família mais abastada.
Joana, uma mulher do povo, a mulher traída, que amava quem a trocou por uma oportunidade de ascensão social, não é uma, ela se faz representar por várias mulheres, as vozes que não calam, mas que gritam, se inquietam e reagem, levando ao ápice do espetáculo, a tragédia, simbolizando a voz que resta, a última gota de esperança derramada.
Jasão, um homem novo, boêmio, que foi forjado por Joana, que o encontrou nas ruas, sem rumo e que transportou para ele sua ambição e coragem de enfrentar o mundo, vê o seu samba ganhar fama nas rádios, incentivado por sua mulher, e seu nome ser reconhecido, momento no qual troca Joana pela filha de um abastado senhor, não por amor, mas por ambição.
Dando corpo ao espetáculo, a música, a dança, a iluminação e o cenário completam os elementos necessários para envolver o espectador, e trazê-lo a vivenciar a dor das Joanas, fruto de um amor não correspondido e da ambição de seu amado, que a leva a soltar a última voz que lhes resta. Essa montagem fará o espectador refletir sobre as diferenças sociais, além de problemas éticos e morais que se fazem presentes na sociedade, independente do momento histórico em que se esteja.
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