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VIDA URBANA

Mais de 9,4 mil pessoas na PB receberam ou vão receber diagnóstico de câncer este ano

Notícia chega junto com combo de sentimentos; psicóloga dá dicas de como superar o medo e a tristeza.

Publicado em 27/11/2018 às 12:05 | Atualizado em 27/11/2018 às 17:38


                                        
                                            Mais de 9,4 mil pessoas na PB receberam ou vão receber diagnóstico de câncer este ano
Câncer colorretal tem altas chances de cura se for descoberto em estágio inicial - Foto: divulgação


				
					Mais de 9,4 mil pessoas na PB receberam ou vão receber diagnóstico de câncer este ano
Câncer colorretal tem altas chances de cura se for descoberto em estágio inicial - Foto: divulgação

Ao longo deste ano, estima-se que 9.430 pessoas na Paraíba receberam ou vão receber a notícia que que foram diagnosticadas com algum tipo de câncer, segundo o Instituto Nacional do Câncer. Só em João Pessoa, devem ser 1.890 pacientes recebendo o diagnóstico. A notícia, em geral, vem num combo: medo, tristeza e sofrimento diante da perspectiva que a doença traz consigo. Mas enfrentar esse momento com o suporte adequado por ajudar o paciente a encarar a situação com mais tranquilidade - e, com isso, ajudar no próprio tratamento.

Nesta terça-feira (27) em que se celebra o Dia Nacional de Combate ao Câncer, a psicóloga da Hapvida Danielle Azevedo  dá uma sugestão que pode ser inusitada para muitos: a adoção de um animal de estimação. Segundo ela, essa companhia pode garantir melhoria de humor, paciência e tolerância. Além disso, os cuidados que envolvem paciente e animal são um bom exercício na fase de tratamento.

Essa contribuição, no entanto, depende de alguns fatores, como a idade do paciente e a necessidade de substituir o espaço aberto com a solidão causada por questões como a ausência dos filhos adultos, por exemplo. “Todo indivíduo necessita de uma companhia e o animal, em algumas situações, pode beneficiar muito”, garante.

Família não é dispensada

Mas a psicóloga alerta: “apoio familiar e de amigos é fundamental nesse momento”. “Se a paciente é casada, o marido e os filhos devem acompanhar juntos o diagnóstico e o tratamento”, recomenda, enfatizando que “todo esse suporte familiar é estruturante em qualquer tipo de adoecimento psíquico e físico”.

De toda forma, uma questão é apontada por Danielle como muito importante ao longo dos primeiros passos do tratamento: é necessária uma redefinição dos sentimentos e aceitação. Especialmente em casos de caso do câncer mama, essa aceitação pode ser mais difícil porque envolve uma parte simbólica e importante no corpo da mulher, associada à maternidade, vaidade e autoestima. É preciso buscar ajuda para garantir que esta aceitação aconteça.

Um excelente aliado nestes casos é a informação, com os devidos esclarecimentos sobre o tratamento. Danielle explica que o paciente precisa saber de todas as mudanças que ocorrerão em seu corpo, das consequências e vantagens para obtenção de sucesso no tratamento. “Conhecer todo o processo, como a possível retirada do seio ou parte dele, auxilia nesse esclarecimento”, afirma.

Mama e próstata no alvo

De acordo com as estimativas do Inca, 31,7% dos novos casos de câncer diagnosticados este ano entre homens no Brasil é de próstata. Entre as mulheres, 29,5% vão receber a notícia de um câncer de mama.

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Aline Oliveira

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