COTIDIANO
Obama diz que empregos são prioridade em 2010 e pede ajuda ao Congresso
Presidente fez balanço do mandato no discurso anual do Estado da União. Democrata pediu aprovação da reforma da saúde.
Publicado em 28/01/2010 às 7:58
Do G1
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta quarta-feira (27) que a criação de empregos será seu objetivo "número um" em 2010 e pediu ao Congresso que crie um projeto de lei que estimule as contratações.
"O emprego deve ser nosso objetivo número um em 2010, e por isso peço um projeto de lei para a criação de novos trabalhos", disse Obama no discurso do Estado da União, quando os presidentes norte-americanos expõem suas prioridades para o ano.
Obama propôs um congelamento de três anos em alguns programas nacionais para conter o déficit crescente no orçamento e disse que usaria seu poder de veto para impor a disciplina orçamentária.
Ele pediu a criação de uma comissão bipartidária para enfrentar os desafios a longo prazo do orçamento.
Seu pronunciamento ocorre dias depois da derrota do seu Partido Democrata em uma importante eleição suplementar para o Senado, em um resultado que ameaça a aprovação de projetos prioritários para o governo, como a reforma da saúde e a regulação financeira.
Ele prometeu não abandonar sua luta pela reforma do enorme e caro sistema de saúde.
"Até o fim do meu discurso desta noite, mais norte-americanos terão perdido seus seguros de saúde. Milhões perderam neste ano", disse.
"Eu não vou abandonar esses norte-americanos. E as pessoas deste Congresso também não devem abandoná-los", afirmou.
Ele admitiu ser parcialmente responsável pela fraqueza do esforço legislativo em relação ao projeto, alegando que não fez um bom trabalho em sua explicação do problema da saúde para a população.
Mantendo o tom populista que tem marcado muitos de seus recentes discursos, Obama criticou o "mau comportamento" e a imprudência de Wall Street e exigiu que o Congresso aprovasse uma legislação consistente sobre a regulação financeira.
Ele prometeu lutar contra os lobistas da indústria financeira que buscam diluir a legislação proposta.
"Não podemos deixá-los vencer esta luta. E se o projeto de lei que chegar à minha mesa não incluir uma verdadeira reforma, eu vou devolvê-lo", disse Obama.
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