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VIDA URBANA

SES confirma 1ª morte por dengue este ano

SES recomendou que os municípios paraibanos, principalmente o de Campina Grande, intensifiquem as ações de combate ao mosquito.

Publicado em 18/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 18/07/2023 às 14:33

Uma morte confirmada, outros dois óbitos em investigação e 521 casos suspeitos notificados. Este é o resultado da ação da dengue só nos primeiros 65 dias deste ano na Paraíba, segundo dados divulgados ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

As estatísticas são referentes ao período de 1º de janeiro a 6 de março de 2014 e mostram que houve redução de 71,65% em relação à mesma época do ano passado. Em 2013, ocorreram 1.838 notificações da doença.

Apesar disso, o órgão estadual recomendou que os municípios paraibanos, principalmente o de Campina Grande (onde ocorreu a confirmação da morte), intensifiquem as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti.

Dos 521 casos suspeitos notificados pela SES, 93 foram descartados por não serem diagnosticados como dengue. Dos 101 que foram confirmados, um foi considerado grave, quatro foram classificados como dengue com sinais de alarme e outros 322 continuam em investigação.

A gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares, explicou que a classificação dos casos de dengue sofreu mudanças, recentemente, após a implantação do novo Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan Online).

Com isso, a antiga classificação que envolvia os termos “dengue clássica”, “dengue com febre hemorrágica (Grau I, II, III e IV)” e “dengue com complicação e síndrome de choque da dengue” deixaram de ser usadas pelo Ministério da Saúde.

Agora, as formas corretas de denominar as fases da doença são “dengue”, “dengue com sinais de alarme” e “dengue grave”.

Segundo a SES, as novas nomenclaturas agilizam o diagnóstico, o manejo de pacientes e a reação das equipes de saúde, além de reduzirem a incidência de mortes.

“Com essa mudança, os gestores públicos passaram a notificar casos de dengue com alerta, o que não ocorria antes. Esta fase é aquela em que o paciente, que já foi diagnosticado com a doença, apresenta sintomas alertando que o caso vai se agravar e evoluir à fase mais grave da doença. Os sinais de alerta são hipotensão (queda na pressão arterial), dores abdominais, sangramento nas mucosas e irritabilidade”, acrescenta Talita.

De acordo com a SES, houve registros da patologia em 32 dos 223 municípios paraibanos. As localidades com maior quantidade de notificações foram Campina Grande (174), João Pessoa (152), Monteiro (57), Pocinhos (22), Santa Luzia (17), Patos (12), Cabedelo (10), Itaporanga (7), Alhandra, Coremas e Esperança com seis notificações cada.


Campina Grande preocupa. Dos 223 municípios da Paraíba, Campina Grande, localizada a 113 quilômetros de João Pessoa, é o que inspira maior preocupação dos gestores públicos. A primeira morte do ano foi registrada nessa cidade, que ainda apresentou índice alto de infestação do mosquito Aedes aegypti. Em uma escala usada pela SES que serve para medir a presença de larvas e mosquito durante visitas domiciliares feitas em prédios, a cidade apresentou taxa de 1,29.

De acordo com Talita, esse nível já indica uma situação de alerta. “Esse índice mostra um percentual de amostras retiradas de depósitos encontrados em imóveis visitados em cada região. Índice abaixo de 1 é satisfatório. Acima de 1 até 3,29 é de alerta e já sinaliza que as ações de combate precisam ser intensificadas, como a maior limpeza urbana”, destacou.

Além do índice de infestação, outros fatores que indicam que as cidades precisam reforçar as medidas de prevenção são os registros da doença. “A doença se apresenta de três formas.

Uma delas é aquela em que o paciente apresenta vômitos, febre por 7 dias, dores pelo corpo. A segunda fase é a que chamamos de dengue com sinais de alerta e a última é aquela é em que a vítima já chega na unidade de saúde com sangramentos, com quadro de choque e estado bastante comprometido”, acrescentou Talita.

“Apresentando qualquer um desses casos, o município adota algumas ações específicas, como fazer o bloqueio, para evitar novas vítimas. Isso tem que ser feito independentemente da confirmação sorológica”, disse.

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Jornal da Paraíba

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