ECONOMIA
Inflação de João Pessoa fecha em 11,26% no ano
Dados do Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual apontam que a variação em dezembro foi de 0,97%, contra 0,92% do país.
Publicado em 14/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 26/05/2023 às 17:31
A inflação de João Pessoa fechou 2013 acima da média nacional, tanto no acumulado como no último mês do ano. Dados do Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual (Ideme) apontam que a variação em dezembro foi de 0,97%, contra 0,92% do país. Nos 12 meses do ano, o contraste foi ainda maior: enquanto o Brasil terminou 2013 com variação de 5,91% na alta de preços, a capital paraibana subiu 11,26%.
O grupo alimentação, que puxou a inflação para acima de dois dígitos, registrou alta de 26,27% em 2013, pressionando índice.
Na sequência, vieram os serviços pessoais (educação, recreação e leitura) que subiu 15,75%, além de artigos de residência (13,07%), vestuário (7,8%). “No ano passado, a pressão da inflação veio dos alimentos, concentrado nos hortifrutis, piorado ainda na capital paraibana pela estiagem no Nordeste, que manteve preços em alta de produtos sazonais”, comentou o economista do Ideme, Geraldo Lopes.
Já nos subitens dos grupos, ninguém bateu os artigos de cama, mesa e banho que subiram 33,13% no ano passado. Na sequência, vieram despesas com educação (19,43%), móveis (19,01%), reparos (18,48%) e recreação (16,85%), eletrodomésticos e equipamentos (13,51%), roupa de homem (12,75%), calçados e acessórios (11,51%) e higiene e cuidados pessoais (10,35%). Todos subiram acima de dois dígitos.
Apesar da inflação de João Pessoa, calculado pelo Ideme, ter registrado forte alta no acumulado de 2013, bem acima da média do país, que é medido pelo IPCA do IBGE nas regiões metropolitanas, Geraldo Lopes revelou que como as metodologias de apuração dos índices são diferentes, a comparação pode criar distorções.
O destaque para a alta foi para os segmentos de vestuário, variação de 2,92%; alimentação, reajuste de 1,60%; transporte e comunicação, alta de 1,16%; e serviços pessoais, 1,02% mais caros. No detalhamento do reajuste, alguns artigos tiveram destaque, como o serviço de táxi, que teve alta de 40% em dezembro do ano passado.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Taxistas da Paraíba, Antônio Henriques, o resultado causa estranheza.
Já o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PB), Marcos Mozzini, a instabilidade de preços em 2013 prejudicou o setor de serviço de alimentos em todo país. “Tivemos um ano de muita pressão inflacionária, os empresários trabalharam no arrocho, tentando ao máximo não repassar os preços aos consumidores, mas uma hora o empresário tem que fazer o repasse, porque ele não pode trabalhar e não ganhar. Passamos um ano com margem mínima de lucro e esperamos que em 2014 este cenário mude”, disse.
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