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VIDA URBANA

Saúde prorroga campanha de vacinação antirrábica

Meta é imunizar 414.892 cães e 192.751 gatos em todo o Estado; até 27 de dezembro foram vacinados 450.139 animais.

Publicado em 08/01/2013 às 6:00

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) prorrogou até o dia 30 de janeiro a campanha de vacinação contra a raiva animal, que foi iniciada no dia 1º dezembro de 2012. A meta é imunizar 414.892 cães e 192.751 gatos em todo o Estado. Inicialmente, a previsão era de que a campanha terminasse no final do mês passado.

O chefe de Núcleo de Controle de Zoonoses da SES, Francisco de Assis Azevedo, explicou que a autorização para a prorrogação da campanha foi solicitada ao Ministério da Saúde (MS), que atendeu a um pedido da secretaria. Ele disse que o principal motivo que o levou a pedir a prorrogação da campanha foi a baixa cobertura vacinal. A maioria dos municípios teriam realizado a campanha no dia “D” e não deram continuidade no restante do período. “Agora vamos fazer reuniões para sensibilizar os novos gestores a darem continuidade à campanha e assim melhorar os indicadores”, explicou Assis.

De acordo com os dados do Núcleo de Zoonoses, até o dia 27 de dezembro foram vacinados 343.573 cães e 110.566 gatos, totalizando 450.139 animais e atingindo uma cobertura de 66,2%. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde é de 80%.

Assis Azevedo destacou que apenas duas Gerências Regionais de Saúde superaram a meta preconizada pelo Ministério da Saúde. Em Guarabira, sede da 2ª Gerência, formada por 25 municípios, a cobertura foi de 86,9% e em Catolé do Rocha, sede da 8ª Gerência com 14 municípios, a vacinação atingiu 87,4%.

A raiva é uma doença infecciosa aguda, de etiologia viral, transmitida ao homem por meio da mordidas, arranhões, contato da saliva do animal raivoso com pele lesionada do humano, provocando uma encefalite viral aguda. A transmissão ocorre quando o vírus rábico, existente na saliva do animal infectado, penetra no organismo.

A doença acomete o sistema nervoso central, levando ao óbito após curta evolução. É letal em aproximadamente 100% dos casos, por ser causada por um vírus mortal, tanto para os homens quanto para os animais, e a única forma de evitá-la é pela vacinação anual, que não tem contraindicação.

A raiva apresenta quatro ciclos de transmissão: no ciclo rural, os bovinos, ovinos, caprinos, suínos e equídeos são os principais elementos transmissores da raiva; no ciclo silvestre, as raposas, guaxinins, macacos e roedores têm maior destaque na transmissão da doença; no ciclo aéreo, os morcegos representam o maior perigo; e no ciclo urbano os principais elementos responsáveis pela manutenção do vírus rábico são os cães e gatos.

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Jornal da Paraíba

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