UFCG decide manter calendário acadêmico

Apesar da manutenção da greve dos professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que teve início no último dia 25 de junho, e a dos servidores técnicos que suspenderam suas atividades no final do mês de maio, o Conselho Universitário da instituição decidiu em reunião realizada na manhã de ontem não suspender o calendário acadêmico da graduação e pós-graduação.

Já na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que está em greve desde o dia 28 de maio, os professores se reunirão hoje para analisar a proposta de reajuste salarial e a continuidade da paralisação.

Segundo a Associação dos Docentes da UFPB (Adufpb) será discutida nessa assembleia a proposta do governo federal de reajuste de cerca de 21% dos salários dos professores, parcelado em quatro anos. A assembleia será às 9h no auditório da Reitoria do Campus I, em João Pessoa, no mesmo horário no campus de Bananeiras; e às 14h em Areia.

Na manhã de ontem a Adufpb promoveu um café da manhã, seguido de entrevista coletiva, para tratar sobre os cortes efetuados nos contracheques de 723 docentes aposentados. Enquanto na UFCG o sindicato discutiu a suspensão do calendário acadêmico. Com 17 votos contra, 14 a favor e cinco abstenções, os docentes que quiserem continuar ministrando aulas, assim como os estudantes que precisarem dos serviços administrativos da universidade, terão a garantia da execução, pois o calendário foi mantido.

De acordo com o professor José Edílson Amorim, reitor da UFCG e presidente do Conselho Universitário, a decisão de não suspender o calendário confirma a existência de muitos docentes que não aderiram ao movimento grevista. Ele apontou que o conselho optou por aprovar uma moção de apoio à greve, mas entendeu que a suspensão do calendário traria mais prejuízos nesse momento para as comunidades acadêmicas.