VIDA URBANA
Comerciantes protestam em Campina Grande pela reabertura das lojas na pandemia
Cidade deve permanecer com estabelecimentos não essenciais fechados até o dia 3 de maio, seguindo decreto.
Publicado em 27/04/2020 às 18:58 | Atualizado em 28/04/2020 às 8:47
Esta segunda-feira (27) foi de protestos nas principais ruas do Centro de Campina Grande. Lojistas e comerciantes e funcionários de lojas do comércio local se reuniram em frente aos empreendimentos pedindo pela reabertura do setor, que deve permanecer fechado até o dia 3 de maio, conforme os decretos municipal e estadual.
Usando máscaras e cartazes, os funcionários pediram pela reabertura das lojas na rua Maciel Pinheiro, uma das mais movimentadas do comércio campinense. Um dos lojistas que participaram do ato disse, em entrevista à TV Paraíba, que se uniu por entender a fragilidade econômica deste momento.
"As pessoas hoje não estão com dinheiro suficiente pra vir consumir aos montes. Então tanto a abertura vai ser gradual como o consumo. A parte das empresas já fez toda as providências necessárias, todas as lojas estão adequadas para dar segurança para o colaborador como também a toda população", disse.
A reabertura do Comércio de Campina Grande é proibida pelo decreto estadual, que determina que cidades e regiões metropolitanas de municípios com casos confirmados de Covid-19 permaneçam com os comércios locais fechados até o dia 3 de maio, para evitar a aglomeração de pessoas e possíveis contágios pela doença.
A Prefeitura Municipal da Cidade também acatou recomendações dos Ministérios Públicos e decidiu seguir o decreto estadual, determinando a suspensão do funcionamentos dos serviços essenciais até o dia 3 de maio. Algumas entidades, como a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), já peticionaram a Justiça pela reabertura do comércio local, mas não obtiveram sucesso.
Em nota, o Sindicato dos Comerciários de Campina Grande disse ser contra o pedido de retorno das atividades dos lojistas, e alegou que tomou conhecimento, por meio de denúncias anônimas, que alguns funcionários participantes do ato se sentiram coagidos a integrar o movimento. A Prefeitura Municipal da cidade disse que o ato de protesto dos comerciantes é legítimo, mas reforçou que segue as orientações das autoridades de saúde.
Até esta segunda-feira (27), conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Campina Grande possui 42 casos confirmados de Covid-19 e duas mortes pela doença. A aglomeração de pessoas desobedece as recomendações por isolamento social, feitas pelas autoridades de saúde.
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