PLENO PODER
Ministério Público tem razão na 'briga' por mais vacinas para idosos
MPs têm defendido que vacinas sejam distribuídas, prioritariamente, para pessoas com mais de 80 anos
Publicado em 23/02/2021 às 11:59 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:25
A escassez de vacinas contra a covid-19 tem provocado, em muitos lugares, a judicialização do processo de distribuição das doses. Na Paraíba, não tem sido, infelizmente, diferente. A situação mais emblemática envolve o Ministério Público - em suas diversas esferas - e a prefeitura de João Pessoa.
Ontem, uma decisão (pouquíssimo objetiva) do desembargador Rogério Fialho, do TRF5, colocou ainda mais azeite no embate.
De um lado, autoriza o município a vacinar profissionais de saúde que não estão na "linha de frente". Do outro, atende o pedido dos MPs para priorizar a vacinação de idosos, destinando 94% das doses para esse grupo de risco.
Duas informações, porém, presentes na decisão, chamam atenção.
A primeira é de que já foram vacinados 20,7 mil trabalhadores da saúde na Capital, com o relato de que até agentes de ambientais do Centro de Zoonoses já foram vacinados.
A outra, o fato de que até agora as doses chegaram apenas para pouco mais de 2,4 mil idosos, tendo esse grupo índices alarmantes de óbitos - em todo o país.
Diante dos dois dados, não há como entender diferente. A priorização dos idosos parece ser o caminho mais correto a ser trilhado; embora, claro, reconheça-se a necessidade de imunizar os profissionais de saúde envolvidos no combate ao vírus.
Em um ambiente em que é preciso eleger prioridades, os MPs têm tido razão em lutar por mais vacinas para os idosos. Para eles o vírus é, quase sempre, um risco iminente de morte.
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