COTIDIANO
Três em cada quatro candidatos estão dispostos a receber novas propostas de trabalho, revela pesquisa
Publicado em 19/08/2014 às 16:52
A economia em ritmo lento e a pressão por resultados estão causando novas movimentações no mercado de trabalho. De acordo com levantamento realizado pela empresa de recrutamento Page Personnel, três em cada quatro candidatos estão dispostos a receber novas propostas de trabalho. Profissionais das áreas de Vendas, Finanças e TI têm se revelado mais propensos a negociar uma oferta de trabalho.
“Como o mercado tem se mostrado mais estagnado, a pressão por resultados aumenta em momentos como este. Num cenário de incertezas é comum o profissional entender como está o mercado e avaliar possibilidades de novos desafios. Esse tipo de situação está bem frequente agora. Só detectamos algo semelhante em 2009, quando a crise foi mais intensa”, analisa Ricardo Haag, gerente executivo da Page Personnel.
De acordo com ele, três fatores determinam essa nova configuração:
- Instabilidade na economia. Como o ritmo de atividade econômica está mais lento neste ano, a pressão por resultados aumenta. Isto traz impactos diretos aos funcionários, que passam a ser cobrados com mais intensidade por resultados melhores. Em alguns casos esse tipo de situação pode deteriorar a relação profissional e piorar o ambiente de trabalho.
- Dança das cadeiras. A substituição e demissão de funcionários são práticas mais comuns em momentos de incerteza e turbulência. Essa prática estimula os candidatos a ficarem mais atentos às oportunidades disponíveis no mercado de trabalho.
- Oferta x demanda. A diminuição de abertura de novos postos de trabalho obriga candidatos a reavaliarem as ofertas disponíveis. Isso impacta diretamente na negociação salarial e em todo o pacote de benefícios.
Ainda de acordo com o especialista, o mercado começa a dar sinais de que a procura por novos desafios será mais intensa. “Quando isso acontece existe a possibilidade das negociações salariais serem mais intensas. De um lado, candidatos mais atentos ao pacote que as empresas têm a oferecer. Do outro, as companhias com um poder de negociação mais competitivo. É um novo momento de regulação no mercado”, finaliza.
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