Opinião: eventos do PP e PSB devem virar 'traque' em meio a duelo pelo Senado

O governador João Azevêdo iniciou a semana afirmando que a chapa majoritária para as eleições deste ano estaria formada até sexta-feira (1º). A decisão de Efraim Filho (União Brasil) em seguir o projeto de disputa ao Senado junto ao pré-candidato ao governo, Pedro Cunha Lima (PSDB), gerou um clima no ar de situação resolvida: Aguinaldo Ribeiro, sem movimentos públicos, havia vencido o duelo pela vaga na chapa de reeleição de João.

Mas em relação à articulação política, principalmente tão longe das convenções partidárias, nada é tão simples e definitivo.

Além da vontade do governador, para encarar a concorrida pela senatória, Aguinaldo quer segurança da vitória. Afinal, enfrentar as urnas sem uma aliança forte é terminar o processo fora do Congresso Nacional, Casa que frequenta desde 2011, entre idas e vindas a ministérios nos governos Lula, Dilma e Temer.

O governador tem se comprometido cada vez com partidos como o Republicanos, por exemplo, que em massa defende a dobradinha João/Efraim. Aguinaldo anda insatisfeito.

Eventos do PP e PSB

Os Progressistas agendaram para esta quinta-feira (31) um grande evento que, pela arte de divulgação, inicialmente acenava para o esperado anúncio da pré-candidatura ao Senado de Aguinaldo. A presença de lideranças nacionais como o presidente do partido, senador Ciro Nogueira, e do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, aumentou ainda mais a tese de que ele iria colocar o nome pra jogo.

Os organizadores mudaram o evento para outro horário, 17h, para um bem próximo ao agendado pelo PSB de João Azevêdo, em outro local. O governador agendou uma agenda administrativa também para o mesmo horário. Vai inaugurar o Museu Abelardo da Hora e deve chegar ao evento, se for, em cima da hora.

A tendência é que, de grande eventos de fortalecimento da sigla, o encontro partidário termine sem muitas novidades para quem espera definições.