Para chegar no limite do tangível e o não tangível, É preciso de muita imaginação, É com papel e caneta que podemos criar um mundo de assimilação, Entre o ser e o não ser, existe sempre uma razão, Que faz dos livros um lugar de acolhimento, sabedoria e exatidão.
Pouco a pouco é notório a importância de compartilhar o hábito da leitura, Até mesmo para melhorar o que vai ser no futuro escrito. Pensando nisso, As mães ensinam a leitura para os seus filhos.
Anne Karolynne, poetisa e enfermeira, de 32 anos, contou com muita esperança, "Não há dúvidas que para os meus filhos a leitura é a minha herança". Ela aprendeu com a mãe, desde o ventre, Que poesia e literatura foram ‘o que a tornou gente’. Foi também nos pilares dos livros que ela registrou os seus viveres E, Com os mesmos métodos que aprendeu com a mãe, Ela vai passar para os seus dois filhos esses saberes.
Anne entende que a leitura está para além das palavras escritas, E levou isso em consideração quando foi apresentar os livros para sua filha, Ela explicou que, para as crianças, os livros precisam passar por um curadoria, “Aqueles com imagens e ilustrações são a minha dica”. A leitura tem seu significado e seu significante e transpassa o limite do exato, É interpretação e semiótica, Por isso que, para poetisa e enfermeira, se faz necessário esses cuidados.
Quando questionada sobre como funciona essa curadoria, Foi notório o cuidado de Anne, até com a escolha das palavras, “Eu lia poesia e história em quadrinhos para eles ainda no meu ventre, pois a leitura não é só a escrita, a gente começa a ler um livro pela capa”.
Antes de chegar nos livros considerados “mais sérios”, Ela presa para que os filhos encontrem nos livros uma forma de diversão, Logo ela sente a necessidade de colocar o lado artístico em prática, E conta as histórias dos livros para os filhos com dramatização e interpretação.
“A gente lê, interpreta e se diverte, fazemos desse momento um momento de conexão familiar”, “Eu chego até a ficar emocionada falando disso, pois os momentos mais felizes com os meus filhos são os momentos de leitura”, Com essas palavras e voz embargada, Anne explicou como funciona a dinâmica da casa.
Que os livros mudaram a história, isso não é novidade, E, por mais que seja utópica a ideia de transformar o mundo, A esperança se faz presente, Podemos não mudar a terra toda, Mas podemos tocar quem está perto da gente.
“Pode parecer algo utópico, por ser algo grandioso, Sei que consigo mudar quem está mais próximo, e quem mais próximo de mim seria, se não os meus filhos?”, Explicou Anne os seus motivos.
Quem lê também sente a necessidade de falar, Ulisses Filho, de 7 anos, filho de Anne, Tão pequeno mas nas folhas de papel já começou a se expressar E alguns livros autorais já começou a colecionar.
“Os Animais Têm Coração”, é o nome do primeiro cordel que ele escreveu com a mãe O roteiro foi criado por Ulisses aos quatro anos, A técnica da mãe só fez aprimorar, A história que estava na cabeça do menino, E que ele estava louco pra contar.
“Mamãe, você poderia criar meu livro no computador como você faz os seus cordéis?" Ulisses perguntou. Anne emocionada, não pestanejou e logo criou.
E até os dias de hoje, essa é a história Que começou dos livro e que está criando um legado, Anne ensinando para Ulisses e Tália, de um ano e meio Os arcabouços e os formatos
Se engana quem pensa que Anne é a única mãe que passa o hábito de ler para os filhos, Ana Alice Tejo, de 49 anos, professora da Universidade Estadual da Paraíba, desde cedo foi planejando, Mostrando os livros para as filhas, para que elas pudessem se interessar E encontrar nas histórias literárias, um refúgio e um lar.
“Nos primeiros meses de vida. Sempre tinha um livrinho no banho e no carrinho de bebê. Líamos toda noite” Ana disse, O tempo passou e sua filha Luísa, com 16 anos, já folheava os livros e contava as histórias do seu jeito, Mostrando que para desenvolver o hábito da leitura, só preciso de incentivo Um começo
Ela fez o mesmo com a outra filha Sofia de 12 anos, Que desenvolveu um gosto literário diferente da irmã, Afinal, os livros são democráticos E sempre tem um que mais combina com você, Não existe fórmula, com certeza existe um livro perfeito para você.
Quem lê também quer falar, é um ditado verdadeiro Pois na história da criação dos livros Luísa, aos 16 anos, escreveu o primeiro, “Garça Laranja” é o nome que ela deu, A história de três Garças que viviam no Museu dos Três Pandeiros ela desenvolveu.
O incentivo da mãe, com certeza, foi o estopim, Hoje em dia as meninas não saem de casa sem terem um livro por perto, Elas gostam de histórias Dos dinossauros aos castelos.
Sobre a matéria
Esta matéria foi escrita em versos, como uma ode à literatura Mostrando que o texto jornalístico tem diferentes nuances e texturas.
O Dia do Livro
O 29 de outubro é conhecido como ‘Dia do Livro’, em homenagem ao dia em que foi fundada a Biblioteca Nacional do Brasil, localizada no Rio de Janeiro, em 1810. O objeto que é responsável por registros históricos, conhecimentos compartilhados, escrituras ditas como sagradas, responsável também por guerras e pelo fim delas, por tratados, traições, concepções, assimilações e explicações, é, sem dúvida, uma forma de conhecer o mundo e registrar o que nele habita.
O livro, em sua história, foi criado com o objetivo de passar um ensinamento para o maior número de pessoas possível, ao mesmo tempo que registra ações realizadas em determinadas épocas. Não existe dúvida, o que sabemos sobre nós, atualmente, enquanto humanidade é por advento dos livros.