POLÍTICA
Daniella defende reformas e diz que doações do PP a outros partidos foram legais
Irmã do líder do Governo Temer, deputada defendeu a normalidade das ações no Congresso.
Publicado em 24/05/2017 às 14:57
A deputada Daniella Ribeiro (PP) voltou a comentar nesta quarta-feira (24), durante sessão da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), a doação de campanha recebida pelo Grupo JBS, nas eleições de 2014. Na ocasião, a parlamentar afirmou que as transações financeiras envolvendo o repasse de recursos recebidos da empresa dos irmãos Batista pela Executiva Estadual do Partido Progressista (PP) para outros partidos políticos na Paraíba foram normais e lícitas.
Em entrevista à imprensa, Daniella deu a entender que as doações repassadas pelo PP aos deputados estaduais João Gonçalves (PSD), R$ 100 mil; Arnaldo Monteiro (PSC), R$ 80.350,00; Bosco Carneiro (PSL), R$ 50 mil; Edmilson Soares (PEN), 2.639,40 e João Henrique (Democratas), R$ 700, foram fruto de parcerias com candidatos a deputado federal do PP, a exemplo do seu irmão Aguinaldo Ribeiro.
“Em todos os outros partidos aconteceu isso, por exemplo, a legenda do governador (o PSB) repassou recursos para outros partidos, isso é legítimo é legal e não tem dificuldade. Quando você acompanha um outro candidato, um deputado estadual que é votado junto com outro federal é natural. Tudo foi aprovado pelo Tribunal Regional Eleitoral. Naquela época essas empresas não eram sequer investigadas”, comentou.
Daniella Ribeiro foi a deputada estadual da Paraíba que mais recebeu recursos da JBS, cerca de R$ 267 mil. Ela voltou a explicar que não houve nenhum tipo de contato direto com a empresa e que a doação do Grupo foi para a Executiva Nacional do Partido Progressista, que repassou o dinheiro para o Diretório Estadual do PP e, em seguida, encaminhado aos candidatos.
“Querem distorcer os fatos, mas a verdade é que a doação veio do PP nacional para o PP estadual e só depois para a minha conta de campanha e dos demais deputados estaduais. Tudo foi legalizado, comprovado perante a Justiça Eleitoral, portanto, não há como perder tempo mais com esse tema. Quando a gente sabe o que faz, anda seguro. Só se bate em árvore que dá frutos”, comentou.
Continuidade de Michel Temer
A deputada, que é irmã do líder do governo na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro, defendeu a aprovação das reformas trabalhista e Previdênciária. Segundo ela, a governabilidade do país será medida pelas ações desempenhadas no Congresso Nacional. “Pelo o que tenho acompanhado, o país começava a ter um ritmo substancial de melhora na economia, e, de repente, veio um bombardeio como esse. Óbvio que deve haver a defesa (de Michel Temer), que haja apuração dos fatos, mas enquanto isso o país não pode parar, caberá ao Congresso continuar fazendo o seu trabalho, com as leis federais e reformas que precisam ser aprovadas para que o brasileiro não possa sofrer”, disse.
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