COTIDIANO
Campina Grande contabiliza mais de 60 assaltos a ônibus em 2015
Por causa da violência, o Sindicato dos Motoristas planeja parar as atividades em protesto, pedindo reforço nas blitzes policiais.
Publicado em 06/01/2016 às 7:12
Apenas nos primeiros quatro dias do ano, de sexta-feira até ontem, a quantidade de roubos a ônibus em Campina Grande já indica que a onda de violência nos transportes coletivos da cidade não deu trégua. Foram três casos apenas na última segunda-feira, número que se iguala ao total de ocorrências de todo o mês de janeiro do ano passado. Além disso, os crimes estão cada vez mais violentos e colocando em pânico tanto passageiros quanto os profissionais do setor, que pedem reforço nas blitzes policiais e ameaçam paralisar novamente a circulação dos coletivos em protesto contra a violência recorrente.
No ano passado foram registrados 66 roubos a ônibus, mas o Sindicato dos Motoristas aponta que esse número é bem maior, já que muitos não estão nas estatísticas. O bairro que registrou mais ocorrências em 2015 foi Bodocongó, com 11 roubos em coletivos. O levantamento foi feito pelo JORNAL DA PARAÍBA com base nos relatórios do Centro Integrado de Operações Policiais (Ciop).
Já este ano, os três casos ocorreram em menos de 24 horas. No início da manhã, por volta das 5h30, dois homens pediram parada nas proximidades do bairro da Catingueira. Quando o motorista parou, outro comparsa saiu de um matagal, anunciando o assalto. Conforme o gerente da empresa Cruzeiro, Paulo Marcelo Faria, o motorista do coletivo informou que os bandidos estavam bastante exaltados e que, inclusive, dispararam um tiro de dentro para fora do ônibus. Já o segundo caso aconteceu na avenida Juscelino Kubitschek, no final da tarde. Desta vez, foram três mulheres que, armadas de faca, fizeram um arrastão dentro do coletivo e desceram em seguida.
O último caso do dia aconteceu no bairro dos Cuités, por volta das 20h, quando dois homens armados que seguiam no coletivo realizaram o assalto. Em todas as ocorrências a polícia realizou rondas, mas não conseguiu prender os suspeitos. Além dos assaltos, outros dois ônibus da Viação Cruzeiro, que integra o Consórcio Santa Verônica foram alvo nos últimos dias dos bandidos, que jogaram paralelepípedos, tentando forçar a parada dos ônibus para realizar assaltos. Nos dois casos, os motoristas perceberam que se tratavam de roubos e não pararam o veículo. Na garagem da empresa, já são três coletivos danificados, e um prejuízo estimado em cerca de R$ 5 mil, afirmou o gerente Paulo Marcelo.
PARALISAÇÃO
Por causa da violência, o Sindicato dos Motoristas planeja parar as atividades em protesto, pedindo reforço nas blitzes policiais nos coletivos. A última paralisação dos motoristas ocorreu no dia 21 de outubro do ano passado.
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