POLÍTICA
Documento mostra que Ministério admite liberar apenas R$ 3,8 milhões
Do contrato de repasse celebrado com o Governo da Paraíba no final de 2012, no valor de R$ 17,8 mi, só foram repassados R$ 239,5 mil até agora.
Publicado em 12/06/2016 às 12:46
O Ministério das Cidades tem mesmo a obra do Viaduto do Geisel, em João Pessoa, como “atrasada”. Além disso, considera que dela o Governo do Estado conseguiu executar até agora apenas 22,9% e que o “valor passível de liberação” pelo Governo Federal, neste momento, equivale a exatos R$ 3.835.263,88. As informações constam de documento – ‘Espelho de Contrato de Repasses’ – aqui reproduzido.
No mesmo extrato é possível confirmar que dos R$ 17.800.600,00 acertados com o Ministério para o viaduto foram liberados apenas R$ 239.560,47. Mas essa parcela foi repassada há quase um ano e meio, em 26 de janeiro de 2015, através da Caixa Econômica Federal. Do contrato celebrado com o Governo da Paraíba no final de 2012 restam, portanto, R$ 17.561.039,53.
A soma corresponde a pouco menos do total de dinheiro que o Ministério das Cidades admite ter estornado da conta do Estado, conforme nota divulgada pelo órgão na sexta-feira (10). O argumento é o de que “o governo afastado (da presidente Dilma Rousseff) liberou a integralidade da verba sem que a obra estivesse com o nível de medição de acordo com os critérios necessários para o recebimento do valor questionado”.
O estorno fora denunciado antes da nota do Ministério pelo governador Ricardo Coutinho, insinuando que a retirada dos recursos já depositados na conta do Estado seria obra das gestões de adversários seus na bancada federal junto ao ministro Bruno Araújo, que é deputado federal pelo PSDB de Pernambuco.
Em entrevista ao portal Paraíba Já neste sábado (11), sem citar nomes Ricardo disse que “a Paraíba quer e merece saber quem agiu e age contra as obras do Estado, boicotando a liberação dos parcos recursos e das pequenas contrapartidas” e acrescentou que “alguns (dos supostos sabotadores) já estão se colocando publicamente”.
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