COTIDIANO
PM caça traficantes em lancha nas águas dos rios Sanhauá e Paraíba
Serviço de Inteligência da Polícia Militar descobre que criminosos usam rios como rotas para tráfico de drogas. Policiais trabalham a bordo de lancha-patrulha doada pela Capitania dos Portos.
Publicado em 13/01/2010 às 18:27
Da Secom-PB
Policiais militares estão fazendo rondas sobre as águas dos rios Sanhauá e Paraíba, desde o início deste mês. O trabalho começou a ser realizado após o Serviço de Inteligência da Polícia Militar ter descoberto que os rios são usados por criminosos como rota para o tráfico de drogas. Os militares trabalham a bordo de lancha-patrulha doada pela Capitania dos Portos, no último dia 7.
A navegação vem patrulhando as margens dos dois rios, principalmente nos trechos próximos ao Bairro do Varadouro, em João Pessoa; Bayeux, Cabedelo e Santa Rita. De acordo com o comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar de Bayeux, capitão Josinaldo Lima, os bandidos partem de João Pessoa a bordo de canoas e de pequenas jangadas para traficar os entorpecentes nas cidades de Bayeux e Cabedelo.
De acordo com o oficial, assaltantes também utilizam os rios para fugir da polícia. Devido à proximidade com o Centro, criminosos que praticam assaltos no comércio fogem através das águas do Paraíba. “Agora, com a chegada da lancha-patrulha, os policiais têm condições de perseguir os assaltantes até sobre o rio”, ressalta o capitão.
Sem revelar detalhes do trabalho, o comandante afirma que a lancha vem sendo usada todos os dias, mas não o dia todo. “Não colocamos a lancha para rodar 24 horas do dia, porque isso não surte resultado. Iríamos apenas cansar os policiais e desperdiçar combustível. Estamos fazendo um trabalho ostensivo em parceria com o Serviço de Inteligência da PM, mas posso dizer que os patrulhamentos ocorrem nos horários em que, já sabemos, há mais probabilidade de ocorrer a presença de traficantes”, declara.
Investigações
Para garantir o sucesso dos trabalhos, os militares que fazem o patrulhamento sobre a lancha agem em parceria com o Serviço de Inteligência da PM, o chamado P2. Policiais à paisana se infiltram em meio às comunidades da área e descobrem a autoria dos delitos. Essas informações são repassadas para os militares da 3ª Companhia que acionam a lancha-patrulha, se houver necessidade.
“Trabalhamos em sintonia com os policiais do Serviço de Inteligência. Eles nos informam sobre a ação dos marginais e a lancha é usada para dar apoio à perseguição e captura, caso o suspeito tente fugir pelo rio”, enfatiza.
A bordo da lancha, os policiais percorrem uma parte extensa do rio. A embarcação sai de João Pessoa e navega até áreas próximas a Bayeux e ao Conjunto Renascer, em Cabedelo. As regiões são conhecidas pela PM como locais que concentram muitos pontos de tráfico de drogas.
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