A alquimia da fotografia

A luz é o principal componente das artes visuais: sem ela não haveria, por exemplo, a fotografia. A luz é o pincel do fotógrafo, e foi registrando o seu percurso que o carioca Renan Cepeda se notabilizou nacional e internacionalmente.

Pinceladas de Luz, exposição que a Casa das Artes Visuais (CAV) abre a partir desta quarta-feira, às 20h, em João Pessoa, é uma das vias pelas quais o artista apresenta seu trabalho na Paraíba.

Cepeda, que já está na capital, participa hoje, às 17h, na CAV, da mesa-redonda 'A arte da fotografia agregando valor à arquitetura de interiores', com Nadja Peregrino e Paulo Rossi. Amanhã, das 18h às 23h, o fotógrafo ministra um workshop de light painting com aulas na CAV e na Estação Cabo Branco.

No workshop, o carioca orienta o público em uma técnica que começou a pesquisar, segundo ele, há 20 anos, quando as câmeras ainda não eram tão pequenas e a fotografia ainda era um privilégio de poucas famílias.

"As câmeras digitais inseriram a fotografia como forma de expressão no cotidiano das pessoas", diz Renan Cepeda, que acaba de chegar da costa oeste da Escócia, onde colheu imagens de castelos medievais que mostrará no workshop.

"A popularização da fotografia pagou seu tributo ao glamour, que se perdeu completamente", lamenta o fotógrafo, que afirma ser fascinado pelo "elemento surpresa" na hora de acionar o disparador de sua máquina.

"Eu sempre quis fazer uma fotografia incomum, que pudesse se destacar oferecendo algo novo para as pessoas dentro do seu processo de alquimia. Gosto do que a fotografia tem de surpreendente", ressalta o artista que, este ano, foi finalista na categoria profissional do Sony World Photography Awards.

Além da técnica de light painting, Renan Cepeda explora o infravermelho em imagens que serão expostas no salão menor da CAV, que será fechada e pintada inteiramente de preto para a mostra individual. A exposição ficará em cartaz no centro até 20 de dezembro.