ECONOMIA
Nova linha do FGTS anima comércio
Lojas de material de construção esperam que linha de crédito para reformas com recursos do FGTS movimentem o mercado.
Publicado em 14/01/2012 às 6:30
A nova linha de crédito para aquisição de material de construção para a realização de reformas, que irá utilizar recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), já anima o setor de venda de materiais de construção. Com previsão de mais dinheiro circulando no mercado a partir do mês de fevereiro (quando a nova modalidade de empréstimo começará a funcionar), o setor já espera crescimento de vendas nos próximos meses.
No Financiamento de Material de Construção (Fimac FGTS), segundo a assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho, o valor do empréstimo poderá ser de até R$ 20 mil para trabalhadores que possuam conta de FGTS e tenham vínculo empregatício ativo, independente da renda familiar e de acordo com a capacidade de pagamento do mutuário. O prazo para pagamento é de 120 meses e a taxa de juros máxima deverá ser de 12% ao ano. Em todo o país deverão ser liberados R$ 300 milhões para o Fimac-FGTS.
Para a presidente da rede de varejo PB Construção, Diljandi Farias, a nova modalidade de financiamento (publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União) trará um crescimento maior ao setor em 2012. “Em 2011, o crescimento foi de cerca de 10% e ficou abaixo do que esperávamos. Para este ano esperamos um crescimento melhor e medidas como esta vão ajudar muito”, comentou a presidente da rede que possui 12 lojas associadas, acrescentando que para o efeito desejado seja alcançado é preciso que haja ampla divulgação aos trabalhadores.
O gerente da LDF Materiais de Construção, Daniel Ferreira, comentou que uma das vantagens da nova linha é o valor que poderá ser liberado. “O fato do empréstimo poder ser de até R$ 20 mil é muito importante. Considerando apenas os gastos com materiais de construção, este é praticamente o mesmo valor para uma casa popular de mais ou menos 50 metros quadrados.
Com certeza essa medida será importantíssima”, opinou.
O valor financiado poderá ser utilizado para reforma, ampliação ou construção de imóveis residenciais, além de instalação de hidrômetros de medição individual, implantação de sistema de aquecimento solar e de itens que visem a acessibilidade, desenvolvimento sustentável e preservação do meio ambiente.
Para o consultor financeiro Guilherme Baía, a nova linha é vantajosa, principalmente por causa da taxa de juros que deverá ser cobrada. “Precisa-se saber ainda quais vão ser as restrições operacionais, mas, de maneira geral, para quem vai reformar a casa, essa nova linha mostra-se mais vantajosa porque os juros serão de, no máximo, 12% ao ano e essa taxa não se encontra em nenhum outro tipo de financiamento bancário”, avaliou.
Segundo a resolução, o mutuário poderá ter apenas uma operação ativa e a amortização ou quitação da dívida não poderá ser feita por meio de saques das contas vinculadas do FGTS. Outros detalhes sobre a nova linha de crédito ainda serão divulgados e as disposições complementares a esta resolução deverão ser publicadas no prazo de 30 dias pela caixa Econômica Federal.
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