VIDA URBANA
Prefeito eleito suspeita de crime encomendado
Prefeito eleito de Pocinhos foi esfaqueado durante comemoração e suspeita de crime encomendado; inquérito foi aberto para investigação.
Publicado em 10/10/2012 às 6:00
O prefeito eleito no município de Pocinhos, Cláudio Chaves Costa (PMN), 47 anos, esfaqueado durante a festa da vitória na noite da última segunda-feira, acredita que crime foi encomendado e não descarta envolvimento de adversários políticos.
Ainda internado no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, Cláudio disse na manhã de ontem que foi esfaqueado após deixar o trio elétrico, mas antes o acusado pediu desculpas e em seguida desferiu os golpes. “Assim que desci do carro de som ele disse: Cláudio, desculpe e me esfaqueou”, contou.
De acordo com a vítima, o acusado é conhecido dele, seria usuário de drogas e não votou nele. Ainda conforme Cláudio, o crime deve ter sido encomendado e a hipótese de crime político não está descartada. “Ele não é meu eleitor e fez isso a mando de alguém. Eu não descarto que políticos estejam ligados a isso”, disse a vítima.
Cláudio Chaves ainda relatou que no instante em que tudo aconteceu não havia policiais e nem guardas municipais realizando a segurança no local. “Lá não tinha nenhum policial e nem homens da Guarda Municipal. As pessoas que estavam lá que prenderam ele”, falou o prefeito eleito.
A juíza de Pocinhos, Ariana Maranhão, disse que vai solicitar reforço policial para cidade e orientou os partidos a manter os comitês fechados. Ela também confirmou que no dia das comemorações não havia policiamento nas ruas. “Irei solicitar reforço no efetivo da cidade, já que no dia das comemorações tive que ir às ruas com a promotora e constatei a ausência de policiais”, ressaltou a juíza.
O comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar, coronel Arilson Valério, disse que não pode colocar policiais como segurança particular e contou que a polícia não foi comunicada oficialmente sobre o evento que estava acontecendo em Pocinhos. “Eu não posso disponibilizar homens para fazer a segurança particular de uma pessoa. Os policiais estavam lá fazendo a segurança de um evento que nem havia sido comunicado oficialmente e fomos nós que prendemos o acusado”, disse o comandante.
Cláudio Chaves espera que as investigações continuem para saber se o crime realmente foi encomendado e se possui ligação política, já que ele é oposição à atual gestão. “Espero que a polícia investigue e não encerre o caso só porque uma pessoa foi presa”, frisou. A polícia já instaurou um inquérito para investigar o caso.
Acusado diz que estava bêbado
O acusado de esfaquear o prefeito foi preso em flagrante e encaminhado para a Central de Polícia de Campina Grande. O pedreiro Luiz Alexandre dos Santos, 38 anos, revelou à polícia que estava bêbado e não lembra do que aconteceu.
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