Hospital de Trauma de Campina pode ser terceirizado

O Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, de Campina Grande, deverá ser o próximo a ser terceirizado pelo Governo do Estado. A instituição foi inaugurada no último dia 4 de julho e a previsão é que ela passe para a gestão de organizações sociais até dezembro deste ano. A informação é do secretário estadual de Saúde, Waldson de Souza.

Ele acrescentou que a meta do governo é entregar todas as unidades hospitalares estaduais à gestão de organizações não governamentais como forma de melhorar a qualidade da saúde pública. O processo de terceirização seguirá os mesmos moldes da gestão pactuada com a Organização Não Governamental Cruz Vermelha que administra o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, de João Pessoa, desde 7 de julho deste ano. A medida, no entanto, ainda depende de aprovação da Assembleia Legislativa.

“Vamos esperar apenas a aprovação da Medida Provisória que deverá ser aprovada quarta-feira (amanhã), pelos deputados. A partir daí, a Paraíba vai seguir exemplo de outros Estados que melhoraram a qualidade dos serviços de saúde através de gestão pactuada com organizações sociais”, declarou.

A declaração foi feita ontem pela manhã, durante visita técnica ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Na ocasião, o secretário divulgou dados que mostram a melhoria no atendimento realizado no Trauma, após a administração da ONG.

Segundo Waldson, a Cruz Vermelha já conseguiu cumprir 80% das 36 metas estipuladas pelo Estado para a ONG, eliminou a superlotação que existia na instituição e agilizou o atendimento. “Houve redução no gasto mensal do hospital em 34%, no intervalo de tempo para realização de cirurgia de emergência e no limite tolerável de taxa de reingresso na Unidade de Terapia Intensiva. Houve melhoria no atendimento. Pesquisa mostrou que 85% dos pacientes aprovam a nova gestão do Trauma”, declarou.

Capacidade

Considerado referência no atendimento a emergência na Paraíba, o Trauma possui atualmente 148 leitos cadastrados pelo Ministério da Saúde, mas já solicitou a inclusão de outros 39 para totalizar a oferta de 187 vagas disponíveis. De acordo com o secretário, a ampliação é necessária para atender à demanda. “Só neste final de semana, foram 395 casos atendidos aqui. Noventa só relacionados a acidentes de motos”, destacou.

Ele levou a imprensa para uma área que foi usada durante muito tempo para acomodar pacientes em macas. “Essa área era utilizada irregularmente para abrigar macas com pacientes. Parecia mais um hospital de campana. Agora, como vocês podem ver, isso não existe mais. Estamos usando a capacidade máxima do hospital, mas de forma adequada”, ressaltou.