icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Greve prejudica pacientes do HU

Serviços oferecidos pelo HULW foram afetados com a grevedos servidores; somente 270 servidores estão trabalhando, diz direção.

Publicado em 10/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 16/01/2024 às 17:47

A estudante Patrícia Silva de Araújo, 24 anos, saiu do município de Guarabira, no Agreste paraibano, às 4h40 de ontem, para buscar atendimento no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HUWL), em João Pessoa, mas voltou para casa sem ser consultada.

Patrícia é apenas uma pequena parte do grupo de pessoas que está deixando de ser atendido na unidade hospitalar devido à greve dos servidores iniciada no último dia 24. Mais de quatro mil pacientes deixaram de ser atendidos durante as três semanas de paralisação.

De acordo com o diretor-superintendente do HULW, Arnaldo Medeiros, cerca de oito mil atendimentos são realizados mensalmente no local, o equivalente a uma média semanal de dois mil atendimentos.

Seguindo esse raciocínio, em três semanas, aproximadamente seis mil pessoas deveriam ser atendidas. Entretanto, como apenas 30% dos serviços estão sendo mantidos, cerca de 4.200 (70%) pacientes já foram prejudicados com a greve, pois não tiveram acesso aos serviços ofertados pelo Hospital Universitário de João Pessoa.

Todos os serviços oferecidos pelo HULW foram afetados com a greve deflagrada por tempo indeterminado pelos servidores, uma vez que os serviços estão funcionando com apenas 30% do quadro funcional que conta com 900 profissionais efetivos.

Segundo Arnaldo Medeiros, somente 270 servidores estão trabalhando diariamente para manter os atendimentos ambulatoriais e para que alguns setores não sejam paralisados.

Decepcionada com a tentativa frustrada de ser atendida por um médico ginecologista, com o objetivo de fazer um planejamento familiar, a estudante Patrícia Araújo desabafou. “Perdi minha viagem. Estou cheia de coisas para fazer em casa e de nada adiantou porque não fui atendida, nem consegui marcar uma consulta. E ainda arrastei o coitado do menino porque não tinha com quem deixar ”, declarou ao se referir ao filho adotivo de apenas oito anos.

“Outras pessoas também vieram e não conseguiram atendimento, mas já foram embora. Eu continuo aqui porque estou esperando o carro da prefeitura vir nos buscar”, completou.

Já a aposentada Rita Dantas, 91 anos, que buscou o HULW na manhã de ontem, disse que foi prontamente atendida. “Graças a Deus não teve problema, assim que cheguei fui recebida pela médica e agora já estou voltando para casa medicada”, contou a idosa que toma uma injeção anualmente para doenças reumáticas.

Conforme Medeiros, as principais especialidades estão sendo atendidas, mesmo com o quadro de servidores reduzido.

“O ambulatorial é de especialidades e estamos atendendo, de uma maneira geral, todas as especialidades, em média 30%. Além disso, temos professores que trabalham no ambulatório. São docentes, que não estão em greve, mas que também estão fazendo ambulatório. Vale ressaltar que a relação com o sindicato foi muito cordial, onde o comando de greve entendeu que o hospital é diferenciado por atender uma grande demanda”, frisou.

O QUE DIZ A UFPB

A UFPB afirmou por meio da assessoria de comunicação que está negociando para minimizar os prejuízos causados à população devido à greve dos servidores.

NEGOCIAÇÕES PARADAS, DIZ SINTESPB

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba (Sintespb), Severino Ramos, a greve dos servidores do Hospital Universitário de João Pessoa é uma extensão do movimento iniciado pelos servidores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no último dia 17, mas que as negociações com o comando de greve nacional estão paralisadas.

“A greve acontece por conta da intransigência negocial do governo. No momento, não há uma negociação conosco, pois o governo a interrompeu. Estamos tentando reabri-la, mas até agora não obtivemos retorno. Por esse motivo, a greve continua por tempo indeterminado”, disse.

Severino destacou que reconhece a necessidade de mais profissionais para o HULW, mas que o déficit deve ser suprido por meio de concurso público. “Esse edital que foi aberto para seleção está sendo realizado para contratação celetista. De toda forma, eles serão bem recebidos, inclusive no sindicato, para darmos continuidade às nossas lutas e futuramente buscar a efetivação dos mesmos por meio do concurso público”, pontuou.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp