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POLÍTICA

Dilma diz que Brasil está 'de braços abertos' para receber refugiados

Discurso da presidente foi divulgado pelo Palácio do Planalto nas redes sociais.

Publicado em 07/09/2015 às 15:02

A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (7), em mensagem gravada para as redes sociais, que, mesmo vivendo momento de dificuldades, o Brasil está “de braços abertos” para receber refugiados. Ela mencionou o garoto sírio Aylan Kurdi, 3 anos, que se afogou após tentar fazer a travessia por mar para a Turquia com a família. Segundo Dilma, a imagem do menino morto em uma praia “comoveu a todos e deixou um desafio para o mundo”.

“Mesmo em momentos de dificuldade, de crise como estamos passando, teremos nossos braços abertos para acolher os refugiados. Aproveito para reiterar a disposição do governo para receber os que, expulsos de suas pátrias, para aqui queiram vir viver, trabalhar e contribuir para a prosperidade e a paz do Brasil”, declarou a presidente em mensagem liberada pelo Palácio do Planalto, logo após o desfile de 7 de Setembro. Dilma disse ainda que o Brasil foi formado por povos de diversas origens.

A presidente voltou a dizer que o país irá superar a crise interna que atravessa. “Sei que é minha responsabilidade apresentar caminhos e soluções para fazer a travessia que deve ser feita”, declarou.
Para Dilma, as dificuldades e os desafios econômicos “resultam de um longo período em que o governo entendeu que deveria gastar o que fosse preciso para garantir o emprego e a renda do trabalhador, a continuidade dos investimentos e dos programas sociais”.

A presidente disse que os problemas também devem ser atribuídos à crise econômica externa. “Nossos problemas também vieram lá de fora e ninguém que seja honesto pode negar isso. Está visível que a situação em muitas partes do mundo voltou a se agravar”, afirmou. Dilma disse que “países importantes, parceiros do Brasil, tiveram seu crescimento reduzido”.

Dilma Rousseff afirmou que se houve erros, o que, segundo ela, “é possível”, é necessário superá-los e seguir em frente. Ela pediu união e superação das diferenças pelo bem do país. “Devemos, nessa hora, estar acima das diferenças menores, colocando em segundo plano os interesses individuais ou partidários”, declarou. A presidente defendeu seus governos e os do ex-presidente Lula. “Fomos capazes de tirar milhões de pessoas da pobreza e elevar outros milhões aos padrões de consumo da classe média”, afirmou. Dilma encerrou a mensagem fazendo referência ao 7 de setembro que, segundo ela, é a data em que o Brasil honra seus heróis. De acordo com ela, o país deve ser firme “na defesa da maior conquista alcançada e pela qual devemos zelar permanentemente: a democracia e a adoção do voto popular como método único de eleger nossos governantes e representantes”.
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Jornal da Paraíba

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