Polêmico 'Killer Joe' estreia no CinEspaço

Com apenas uma exibição durante a programação da mostra Fugindo do Carnaval, promovida pelo CinEspaço (MAG Shopping), em João Pessoa, Killer Joe - Matador de Aluguel (Killer Joe, EUA, 2011) entra em definitivo no circuito.

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Em Dallas, uma família desestruturada, onde um jovem traficante (Emile Hirsch, de Na Natureza Selvagem) propõe ao pai (Thomas Haden Church, de Sideways) matar a mãe problemática, que furta o estoque de drogas do filho para uso próprio. Com a sua morte, eles podem resgatar um seguro de vida que está no nome de sua irmã mais nova (Juno Temple, de Desejo e Reparação).

Para fazer o serviço sujo, eles entram em contato com o Joe do título (Matthew McConaughey, de Amistad), um detetive que também é matador de aluguel nas horas vagas. O policial exige um adiantamento, apesar das explicações de só ter o dinheiro após o serviço. A única solução encontrada é colocar a virginal caçula como garantia do contrato.

Dirigido pelo veterano William Friedkin, cineasta de filmes como Operação França (1971) e O Exorcista (1973), o longa mostra sequências herdadas da peça de Tracy Letts, obra da qual foi originada.

Killer Joe é uma espécie de comédia de erros despudorada, que pode chocar os mais sensíveis pelo seu apelo de rompantes misóginos, principalmente pela sua metade final, que enfatiza o cenário ‘macho’ texano.

Dentre as situações constrangedoras e grotescas – como a envolvendo uma coxinha de galinha – o ‘sumido’ entre comédias românticas McConaughey, que já foi apontado como um promissor ator hollywoodiano, tem uma grande atuação ao lado de um elenco afinado. Acostumado com o viés psicológico de Letts (com a adaptação Possuídos, em 2006), Friedkin se perde em um desfecho arrastado e surreal, baseado na amoralidade dos personagens sem muita determinação. (Audaci Junior)