POLÍTICA
Sintab diz que demissão em massa em Campina é "genocídio social"
Sindicato critica TAC assinado pela Prefeitura de Campina Grande com o Ministério Público, que demitiu 1.600 funcionários efetivos contratados sem concurso.
Publicado em 22/12/2008 às 16:50
Phelipe Caldas
O Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (Sintab) denunciou nesta segunda-feira (22) o que chamou de “genocídio social” realizado em conjunto pela Prefeitura Municipal de Campina Grande e Ministério Público Estadual. Ambos assinaram na última sexta-feira (19) um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que determina a demissão de 1.600 funcionários públicos efetivos, sob a alegação de que eles foram contratados sem concurso público.
Para Sineide Agra, diretora-geral do Sintab, a entidade está reunida com sua assessoria jurídica e deve, no máximo até amanhã, entrar com um mandado de segurança para tentar reverter a decisão. Ela critica a decisão e lembra que na relação nominal dos demitidos estão aposentados e pessoas doentes, “que inclusive lutam contra o câncer”.
Sineide criticou também o fato do Sintab não ter sido chamado para discutir o fato. “A promotora Luciara Simeão Moura nos convocou na quarta-feira (17) da semana passada, quando o documento já estava todo pronto. Não assinamos o TAC e vamos questioná-lo na Justiça”, destacou.
Ela garantiu também que foi realizado ao longo desta tarde um protesto feito por uma série de funcionários municipais, que criticavam a medida da Prefeitura e do MPE. Nesta terça-feira (23), o Sindicato realiza uma audiência com o prefeito Veneziano Vital do Rego (PMDB), para discutir o assunto.
A reportagem procurou a assessoria do prefeitura, para que fosse dada sua versão sobre o fato. A prefeitura anunciou para breve uma nota explicando o caso.
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