VIDA URBANA
Servidores de Santa Rita cobram 13º salário
Sindicato diz que funcionários da Saúde só receberam uma parte do 13º salário no último dia 17 de dezembro.
Publicado em 06/01/2015 às 6:00 | Atualizado em 01/03/2024 às 12:45
Os funcionários públicos da Saúde de Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, realizaram uma passeata na manhã de ontem, para cobrar da prefeitura o pagamento do 13º salário da categoria. O protesto teve concentração na sede do Sindicato dos Funcionários Públicos do Município (Sinfesa), no Centro, e seguiu pelas ruas da cidade em direção à Secretaria de Administração. A passeata deixou o trânsito lento.
Segundo o presidente do Sinfesa, José Farias, os funcionários da Saúde receberam uma parte do 13º salário no último dia 17 de dezembro e que o restante do pagamento deveria ter sido efetuado até o dia 19 seguinte, mas até ontem não havia sido realizado. “Em defesa dos servidores, estamos protestando para cobrar o pagamento da categoria, que já recebe pouco e ainda veio incompleto. Por conta da mudança de prefeito, nós demos um prazo para que o dinheiro fosse depositado. No dia 30 de dezembro, ficamos de plantão na Secretaria de Saúde até as 19h, aguardando um diálogo, mas saímos de lá sem falar com ninguém”, afirmou.
No entanto, José Farias disse que no mesmo dia, o secretário de Saúde, Demócrito Medeiros, emitiu um ofício autorizando o depósito imediato do pagamento do 13º salário, mas que não foi cumprido. “Esperamos até o dia 31 e, mais uma vez, o pagamento não foi efetuado. Esperamos passar as festividades de fim de ano para cobrarmos de novo. Nossos servidores querem o que é de direito e exigem uma resposta para este descaso”, declarou.
Uma funcionária da Saúde, que pediu para não ser identificada, disse que está com contas pessoais atrasadas por conta do não pagamento integral do abono de fim de ano. “Como é um dinheiro certo, que sabemos que temos o direito de receber, eu arquei com alguns compromissos contando com esse 13º e agora estou com a dívida em aberto porque não recebi o valor completo. Isso é uma falta de respeito com o funcionário público”, asseverou.
No início da manhã, os manifestantes se concentraram na sede do Sinfesa, para onde uma viatura da Polícia Militar foi deslocada. De acordo com o tenente Rosemberg Bizerris, que esteve na ocorrência, uma ligação feita para o 190 denunciava uma confusão no local. “Ao chegarmos aqui, não verificamos nenhuma anormalidade. Porém, eles deveriam ter comunicado ao órgão de trânsito sobre o protesto, para que fossem feitos os desvios necessários, mas já se comprometeram em não bloquear o trânsito. De toda forma, iremos acompanhar o trajeto para garantir a segurança e a ordem”, disse.
A reportagem entrou em contato com o secretário de Comunicação Institucional, Carlos Ferreira (Carlinhos do Adesivo), para ter acesso ao secretário de Saúde ou de Administração, afim de esclarecer quais seriam as medidas para solucionar o problema.
No entanto, Carlinhos do Adesivo disse que poderia responder aos questionamentos. Segundo ele, o dinheiro que seria para fazer o pagamento dos funcionários foi usado para comprar fogos de artifício e para outras despesas da festa de Réveillon do município.
“No dia 1º, fizemos uma festa no bairro do Açude, e passamos o dia queimando fogos, mas não esperávamos que iria comprometer o pagamento dos funcionários públicos. Mas a categoria pode ficar tranquila, pois estamos esperando o repasse do próximo dia 10 para pagarmos a todos e colocar as coisas em ordem”, afirmou.
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