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VIDA URBANA

Lixo descartado a céu aberto cresce 90% na Paraíba em dez anos

De acordo com relatório, em 1999, a Paraíba tinha 76.739 famílias que davam destino incorreto ao lixo doméstico, em 2009 este número quase dobrou.

Publicado em 01/05/2010 às 8:19

Do Jornal da Paraíba

O número de famílias que jogam lixo a céu aberto na Paraíba aumentou 90% em dez anos. Os dados são do último levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde e compreende o período entre 1999 e 2009. A capital paraibana lidera a lista com 4.111 domicílios que jogam lixo em locais inadequados. Em seguida vem Cajazeiras, com 3.876 famílias, as quais, segundo o relatório, depositam o lixo domiciliar a céu aberto. Com pouca diferença, em terceiro lugar, está o município de Campina Grande, com 3.738 domicílios.

De acordo com o relatório, em 1999, a Paraíba tinha 76.739 famílias que davam destino incorreto ao lixo doméstico, a exemplo de rios, riachos, calçadas, corregos, quintais etc. Dez anos depois, em dezembro de 2009, o Ministério da Saúde, através do Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB), constatou que o Estado enfrenta a realidade de 144.068 famílias que não fazem destinação correta do lixo. Entre os problemas, o mais grave certamente, é o impacto ambiental, que se torna o principal desafio dos órgãos de conservação do Meio Ambiente.

O diretor de operações da Autarquia Municipal de Limpeza Urbana (Emlur), Orlando Soares, disse que apesar dos dados do relatório, o sistema de coleta de lixo em João Pessoa atinge 96% dos domicílios e que o problema pode ser decorrência da falta de educação de quem insiste em jogar lixos nas ruas. “A educação ambiental é feita constantemente, inclusive com os agentes de limpeza”, explicou.

Ainda de acordo com Soares, o trabalho educativo é desenvolvido em todos os bairros da capital. Nas áreas de difícil acesso, a campanha educativa é feita por agentes de limpeza. “Portanto, reafirmo que os números apresentados pelo Ministério da Saúde não implicam em falta de coleta. A consciência de cada pessoa é o que mais vale neste processo de preservação ambiental”, frisou. Atualmente o trabalho de conscientização está sendo realizado nas comunidades de Jardim Guaíba e Baleado, localizados nos bairros dos Funcionários I e Cruz das Armas.

Ronilson Paz, superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), disse que fica impressionado quando vê alguém jogando lixo na rua. “É inadmissível alguém comer uma pipoca ou um chocolate e jogar o papel no chão, é a falta de educação na raiz, ou seja, no ambiente familiar”, declarou. No Ibama, os visitantes recebem informações sobre as consequências de jogar lixo em locais inadequados, através do Núcleo de Educação Ambiental.
Segundo dados repassados pela Emlur, no ano de 2007, foram coletadas quase 500 toneladas de lixo em João Pessoa.

Já os municípios de Passagem, Curral Velho e Gurjão, aparecem como os últimos da lista em relação à quantidade de famílias que jogam lixo a céu aberto, com cinco, 16 e 23, respectivamente. Em relação à quantidade de lixo coletado no Estado, o relatório mostra que em 1999 eram 123.530 famílias atendidas. Em dezembro do ano passado, o número subiu para 684.653.

Mas nem todos os casos de lixo a céu aberto estão restritos à falta de educação. Segundo Ronilson Paz, 92% das prefeituras paraibanas não têm gestão adequada do lixo.

Na comunidade do S, no bairro do Róger, em João Pessoa, a aposentada Josefa Maria da Conceição, 69 anos, precisa dividir o espaço com o lixo, que fica bem em frente à porta da sua casa. “Moro na comunidade há mais de cinco anos e nunca tive um lugar certo para jogar o lixo”, reclamou. Diante disso, segundo a aposentada, não há outro destino para o lixo. O problema também atormenta a vida da desempregada Ednalva Maria da Costa, 32 anos.

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Jornal da Paraíba

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