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COTIDIANO

Assaltante de banco levava vida de milionário

Dillyan Muniz de Queiroz foi preso em Petrolina e era procurado em 15 estados.

Publicado em 11/07/2012 às 8:00

O acusado de assaltar bancos Dillyan Muniz de Queiroz, preso no último fim de semana pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) de Campina Grande, continua sendo alvo de investigações da Polícia Civil. O campinense foi preso em Petrolina, Pernambuco, onde residia com patrimônio milionário, em casa de luxo, com cartões de crédito ilimitados e empresa com faturamento anual em torno de R$ 500 mil. Um segundo inquérito será instaurado para analisar a movimentação financeira de Dillyan, conhecido também como ‘Monstro’.

Em entrevista coletiva na manhã de ontem, a DRF detalhou a investigação de quatro meses que culminou na prisão de um dos principais assaltantes de banco do país. Dillyan é procurado por crimes em 15 Estados, pelas práticas de assalto a bancos e carros fortes, sequestro, homicídio, latrocínio e tráfico de drogas, além de ter ligações com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

Ele estava foragido desde 2009, quando quebrou o albergue em Petrolina, onde cumpria pena em regime semi-aberto. Porém, sua participação em grandes crimes contra o patrimônio iniciou em 2001, em assalto ao antigo banco Paraiban, em João Pessoa. Desde então, ele confessa ter participado de 20 assaltos, além de ordenar execuções no presídio do Serrotão – que não chegaram a ocorrer – e coordenar roubos a bancos e o tráfico de drogas entre a Paraíba e Pernambuco.

O modus operandi dos assaltos praticados pelo grupo do ‘Monstro’ era sempre o mesmo. Eles utilizavam armas de fogo de grosso calibre, reféns como escudo, e após os assaltos queimavam veículos na fuga para interditar as estradas e jogavam grampos para dificultar as buscas policiais. Dillyan foi preso pela 5ª vez e deve cumprir ainda mais 38 anos e nove meses de prisão, sem contabilizar seus assaltos realizados no Banco do Brasil de Aroeiras, em uma lotérica dentro de um shopping e a agência Unicred em Campina Grande. Porém, a unidade prisional para onde o acusado será encaminhado ainda não foi definida.
“Nosso objetivo era não deixar acontecer na Paraíba o que eles faziam no resto do país. O trabalho acabou sendo coroado com a prisão deste indivíduo de altíssima periculosidade. Será instaurado outro inquérito, apurando uso de laranjas, movimentação financeira e lavagem de dinheiro”, afirmou o Delegado Regional da Polícia Civil de Campina Grande, André Rabelo.

Imagem

Jornal da Paraíba

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