POLÍTICA
CCJ quer derrubar veto e AL vota reajuste de 5% para servidores
Comissão de Constituição e Justiça da AL analisou vetos do governador. Plenário ainda vai votar as sugestões da CCJ com relação à derrubada dos vetos.
Publicado em 16/03/2010 às 16:14
Phelipe Caldas
A Comissão de Constituição e Justiça da Asembleia Legislativa da Paraíba se reuniu nesta terça-feira (16) e analisou uma série de vetos do governador José Maranhão (PMDB) a emendas de parlamentares para a Lei Orçamentária Anual. Ao todo a CCJ sugeriu que fossem mantidos 90 vetos e derrubados oito, entre eles dois dos mais polêmicos: o que reajusta em 5% o vencimento dos servidores públicos estaduais e o que obriga a contratação dos candidatos aprovados em concurso público e que esperam por nomeação.
As decisões, definidas por 4 a 3 (vantagem mínima), provocaram polêmica na Assembleia Legislativa da Paraíba. O deputado estadual Trócolli Júnior (PMDB) preferiu atacar o deputado Zenóbio Toscano (PSDB), presidente da CCJ, que segundo o peemedebista tenta ser o dono da Assembleia. "Ele é o parlamentar que mais faz oposição ao Governo Maranhão, mas ele não pode achar que é o dono da Assembleia Legislativa. Ele quer decidir quando e o quê é votado por aqui", criticou.
Trócolli frisa que "todas as matérias do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) eram normalmente votadas e aprovadas pela oposição, o que não acontece com a atual oposição ao Governo Maranhão". Ele diz ainda que a situação quer apenas garantir "obras estruturantes" para o povo da Paraíba, mas encontra resistência no grupo opositor.
Lindolfo Pires (DEM), por sua vez, prefere apelar para a "unidade" da oposição para derrubar o veto que cancela o aumento salarial do funcionalismo público. O veto ainda precisa passar pelo plenário e depende de 19 votos para ser derrubado, mesmo número de parlamentares que a bancada de oposição possui hoje.
Ele diz, contudo, que ainda acredita no bom senso de pelo menos alguns poucos situacionistas que se sensilizariam com os servidores públicos estaduais. "Não é possível que ninguém de outro lado vote pelo bem do funcionalismo", destacou.
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