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VIDA URBANA

Apagão atinge Paraíba e todo o NE

ONS informou que o desligamento foi causado depois que uma queimada atingiu uma linha de transmissão no Piauí.

Publicado em 29/08/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 16:54

Um apagão atingiu a região Nordeste ontem. Na Paraíba, apesar de durar, em alguns locais, menos de duas horas, o apagão causou prejuízos e transtornos a moradores. Em João Pessoa, escolas suspenderam as aulas, lojas fecharam as portas e repartições públicas deixaram de funcionar. Ainda houve confusão no trânsito.

Este foi o terceiro apagão no Brasil em menos de 1 ano. Em setembro do ano passado, o problema afetou o Nordeste e os estados do Pará e Tocantins. Dois meses depois, o segundo corte atingiu 12 Estados do Sudeste, Sul, Norte e Centro-Oeste.

Ontem, a energia foi interrompida às 15h23 e começou a ser restabelecida, em alguns pontos de João Pessoa, por volta das 17h, segundo informação da concessionária da Paraíba, Energisa.

No Centro de João Pessoa, sem o funcionamento dos semáforos, equipes da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob) foram mobilizadas para ordenar o tráfego nos cruzamentos, mas a quantidade de servidores não foi suficiente. Em alguns trechos, os motoristas enfrentaram dificuldades para trafegar.

“Já estou rodando há muito tempo, tentando fugir de engarrafamento, mas não consigo. Está tudo parado. Um verdadeiro caos”, disse o comerciante Paulo Antonio Lopes.

As lojas ficaram às escuras e com os sistemas de alarmes e de operadores de caixa parados. Temendo roubos e furtos, muitas fecharam as portas, impediram a entrada de novos clientes e liberaram os funcionários antes do horário previsto.

Em um supermercado, que funciona no Centro, os clientes precisaram esperar dentro do estabelecimento pelo retorno da energia. É que o local, apesar de ter gerador elétrico, estava impedido de registrar as compras porque o sistema não funcionava. “Está um caos e tumulto na cidade”, disse o motorista Klênio Lobato.

Para evitar a ação de criminosos, a Polícia Militar intensificou o monitoramento no Centro. “Aumentamos o efetivo nas ruas, deslocamos equipes para áreas onde existe a maior presença de lojas, temendo possíveis arrastões. Também orientamos as lojas a fecharem mais cedo”, disse o comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Adielson Araújo.

Segundo o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de João Pessoa (CDL/JP), Eronaldo Vasconcelos, não houve uma recomendação oficial para que os estabelecimentos fechassem as portas. Ele disse que a decisão foi tomada pelos próprios proprietários das lojas, diante da impossibilidade de trabalhar sem a energia. “O comércio fechou três horas mais cedo. É um prejuízo que ainda não podemos calcular”, avaliou.

Através de nota oficial, a Energisa explicou que a interrupção foi causada por um problema no Sistema Interligado Nacional de Geração e Transmissão de Energia. Na Paraíba, a suspensão afetou todos os clientes de energia.

O Operador Nacional do Sistema (ONS) é o órgão responsável pela regularização do fornecimento da energia. Por meio de nota, o ONS informou que o desligamento foi causado depois que uma queimada atingiu uma linha de transmissão situada no município de São João do Piauí (PI). Segundo o ONS, o fornecimento voltou às 17h30.

OUTRAS CAPITAIS

A situação nas capitais da região ficou mais complicada pelo fato de o apagão ter acontecido bem próximo do horário de pico, quando as pessoas deixam o trabalho. Em Salvador, dois arrastões foram registrados.

TELEFONIA MÓVEL TAMBÉM É ATINGIDA

A falta de energia também causou problemas nos serviços de telefonia móvel. Clientes das operadoras TIM e Vivo ficaram sem poder utilizar os serviços de voz e dados por várias horas. Segundo a Vivo, clientes da Paraíba Bahia, Sergipe, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte e parte do Piauí foram prejudicados. A TIM não informou os locais que foram afetados, já a Oi e a Claro disseram que clientes podem ter enfrentado dificuldades pontuais para completamento de chamadas e tráfego de dados.

FRAGILIDADE DO SISTEMA

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, convocou para hoje uma reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) para analisar o blecaute que atingiu a Região Nordeste ontem. Segundo Lobão, a queda de energia não significa fragilidade no sistema do país, episódio que ocorreria em qualquer país do mundo."Fragilidade não existe. O sistema é bom, é forte, é igual aos melhores sistemas do mundo. Esses episódios acontecem aqui, aconteceram recentemente nos Estados Unidos, por queimadas também, e em todas partes do mundo”, disse o ministro.

Já o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Donizete Rufino, esteve em reunião com o presidente da Comissão de Minas e Energia, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE). Segundo o parlamentar, o diretor da Aneel garantiu que os consumidores que tiveram prejuízos decorrentes da falta de energia serão indenizados.

CG: 1h30 SEM ENERGIA

A população de cidades do Sertão e Brejo da Paraíba tiveram que esperar mais do que os moradores de Campina Grande para ter o fornecimento de energia elétrica restabelecido após o apagão. Em Campina Grande, a maior parte da população ficou sem energia por um período de uma hora e meia, entre 15h e 16h30. Durante o blecaute, o tráfego de veículos nas ruas centrais de Campina ficou congestionado, os agentes da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP) foram acionados para controlar o fluxo de veículos em vários pontos.

Lojas do Centro também chegaram a fechar as portas por não ter condições de efetuar vendas, as maquinetas de cartões de crédito estavam sem funcionar por causa da falta de energia.

Nos bancos, caixas eletrônicos ficaram desativados. Algumas escolas liberaram os alunos mais cedo. Em outras cidades do interior, todo o comércio ficou fechado. Em Patos e Guarabira, até as 19h a energia ainda não havia sido restabelecida. Em Sousa, no Sertão, a energia voltou às 18h30, conforme informou comerciante da cidade. Em Cajazeiras, a população ficou preocupada com a segurança.(Tatiana Brandão)

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Jornal da Paraíba

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