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VIDA URBANA

Flanelinhas chegam a cobrar R$ 15 por estacionamento em vias públicas

Homens cobram preços abusivos para 'guardar' carros nos arredores do Parque do Povo, em Campina Grande. Agentes de trânsito dizem que não têm como combater ação. 

Publicado em 24/06/2011 às 21:50

Karoline Zilah

A noite que deveria ser de diversão e descontração começa com dor de cabeça para alguns frequentadores do São João no Parque do Povo, em Campina Grande. Os turistas e moradores da cidade têm um susto logo quando chegam aos arredores do 'Quartel General do Forró': basta estacionar o carro para ser cobrado.

Numa ronda na noite desta sexta-feira (24), a reportagem do Paraíba1 flagrou 'flanelinhas' cobrando de R$ 5 a R$ 15 por uma vaga para veículo. No caso mais abusivo, foi exigida uma tava de R$ 15 para que o carro ficasse estacionado em cima de calçada, local proibido por se tratar de espaço para passeio público.

Como justificativa, um dos 'guardadores' disse que o terreno em frente ao Açude Velho seria particular e alugado com a finalidade de servir como estacionamento, por isso o valor seria tão caro.

A atuação dos homens que observam os carros, os 'flanelinhas', não é inspecionada pela Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP), de Campina Grande. "Nós já recebemos muitas reclamações, principalmente de turistas, de que eles ficam coagindo os motoristas, caso alguém questione ou não pague a taxa", revelou um agente.

Agentes de trânsito - que pediram para não serem identificados - informaram que não têm como impedir que os flanelinhas cobrem valores para vigiar os carros dos frequentadores do Parque do Povo. Segundo eles, a STTP iria enviar este ano um projeto à Câmara Municipal para que os vereadores autorizassem o disciplinamento das ruas por meio da Zona Azul. Para isso, seriam credenciados profissionais que pudessem fazer a cobrança devida.

No entanto, de acordo com os agentes, o órgão não teria conseguido enviar os documentos em tempo hábil antes do São João. A reportagem tentou contato com o superintendente Salomão Augusto para confirmar as informações, mas o telefone celular constava como desligado.

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Jornal da Paraíba

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