icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Cisternas mal utilizadas na PB

Pesquisadores apontam que famílias estão armazenando água sem tratamento adequado em cisternas de captação.

Publicado em 11/03/2012 às 9:53


Uma das estratégias mais utilizadas e baratas de aproveitar a água das chuvas está sendo utilizada de maneira inadequada aos seus propósitos iniciais. As cisternas para armazenar água de beber, em muitos casos, viraram depósitos comuns e, em vez de guardarem a água das chuvas estão armazenando água sem tratamento adequado e que são levadas por carros-pipas.

A microbiologista ambiental Beatriz Ceballos, pesquisadora da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) nas áreas de captação e manejo da água da chuva e poluição de águas superficiais, resume da seguinte forma o problema. “As cisternas estão virando um pedaço do açude no quintal”.

Na comunidade Chã do Marinho, em Lagoa Seca, no Agreste, são várias as famílias que possuem uma cisterna em casa.

Algumas delas receberam o equipamento através de uma ação do governo federal e outras construíram o reservatório por conta própria.

A agricultora Raquel Gomes Alves, 28 anos, é uma das pessoas que foram contempladas por um desses equipamentos, entretanto, apesar de março ser propício à ocorrência de chuvas, não existe encanação ligando o telhado da casa com a cisterna no quintal.

“A cisterna aqui não junta água de chuva, porque não tem mais bica. Eu uso o reservatório para guardar água do carro-pipa, para fazer de tudo na minha casa”, contou a agricultora.

Na casa da família Vitorino, onde vivem cinco pessoas, a agricultora Lucimar Vitorino da Rocha, 53 anos, conta que a mãe, Tereza Vitorino, 73 anos, foi quem pagou para que fossem construídas duas cisternas de 16 mil litros cada, ao redor de casa. Uma serve para armazenar água de beber e a outra serve para o consumo geral.

"Antes das cisternas, a gente tinha que ir buscar água em um açude bem distante. A cada dois ou três meses, pagamos para um carro-pipa encher a cisterna de consumo geral. A outra, é só para água da chuva e usamos para beber”, contou.

Apesar da preocupação da família em construir uma cisterna para cada fim, a forma de manipulação do reservatório usado para beber, segundo Beatriz Ceballos, é inadequada, já que a água é retirada com o auxílio de uma lata. “Por mais limpa que seja a lata, há sempre a possibilidade de contaminação da água de beber, pois muitas vezes o balde é colocado em contato com a areia. O próprio ar carrega impurezas que acabam sendo introduzidas na cisterna a partir da manipulação da água”, explica.

Um equipamento artesanal desenvolvido para evitar o uso do balde já foi desenvolvido e é disponibilizado pelos programas públicos de construção de cisternas. “Em muitos casos eles são frágeis ou acabam sendo deixados, pois as pessoas acabam, por questão de praticidade, preferindo a forma convencional de se obter o líquido”, criticou.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp