POLÍTICA
PF nega proteção a empresário do 'caso dos livros '
Pedido atenderia Daniel Gonçalves e também Rodolfo Pinheiro, que fez denúncias na Assembleia
Publicado em 06/12/2011 às 7:39
Por falta de fundamentação jurídica, a Polícia Federal devolveu os ofícios encaminhados pelo deputado André Gadelha (PMDB) solicitando proteção policial para os empresários Daniel Gonçalves e Rodolfo Pinheiro, que fizeram denúncias na Assembleia Legislativa contra o governador Ricardo Coutinho e o prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, ambos do PSB, no caso da licitação dos livros, denunciado pela revista Época. O próprio deputado André Gadelha reconheceu a falta de fundamentação no pedido.
Ele prometeu preparar um novo ofício com mais informações sobre as denúncias apresentadas pelos empresários. “São denúncias muito graves”, enfatizou o parlamentar, revelando ainda não ter recebido qualquer comunicado oficial da Polícia Federal. “A gente está levantando todas as denúncias feitas por Daniel para fundamentar melhor o ofício solicitando a proteção”, afirmou o parlamentar.
Na visita que fez na semana passada na sede da Polícia Federal, juntamente com o deputado André Gadelha, o empresário Daniel Gonçalves não quis repetir o que já havia dito na Assembleia Legislativa a respeito das denúncias. Ele comentou apenas que só vai se sentir tranquilo quando for encaminhado pelos deputados federais ao Ministério da Justiça para receber proteção.
Já o empresário Rodolfo Pinheiro, que se pronunciou na Assembleia Legislativa sem ser convocado, repetiu todas as acusações na Polícia Federal. Ele afirmou que haveria um esquema de superfaturamento na aquisição de materiais escolares para a prefeitura da capital e governo do Estado.
“São denúncias que estão na CGU, no MP e no TCE, em relação a uma empresa do Rio de Janeiro que tem feito contratos com o governo e com a prefeitura. E que, na minha opinião, existe um sacrifício muito grande do erário, inclusive já comprovado pela Controladoria Geral do Estado em alguns casos”, denunciou.
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