VIDA URBANA
Audiência discute medidas contra sequestros e assaltos em bancos
Sindicato dos Bancários negocia com a PM ações de segurança para clientes e funcionários de agências. Somente este ano, cinco gerentes foram sequestrados.
Publicado em 12/11/2009 às 8:24
Karoline Zilah
Cobrar da polícia políticas de prevenção de sequestros e assaltos e negociar novas ações para a proteção de funcionários e clientes de bancos. Estas são as principais pautas que o Sindicato dos Bancários da Paraíba pretende tratar durante reunião com o Comando do 1º Batalhão da Polícia Militar na manhã desta quinta-feira (12), em João Pessoa.
A audiência acontece dois dias depois do sequestro da gerente da Caixa Econômica Federal (agência Cabo Branco), que ficou sob o poder de criminosos ao lado de uma familiar e uma amiga jornalista. Segundo a Polícia Federal, a gerente, ameaçada com simulacro de explosivo, estava sendo orientada pelos sequestradores a sacar dinheiro e pegar joias que estavam nos cofres da agência.
Nos registros da categoria, pelo menos cinco gerentes sofreram sequestros este ano: um do Banco do Brasil, três do Banco Real e uma da Caixa Econômica Federal. Não houve vítima fatal em nenhum desses casos e em apenas um os bandidos concretizaram o assalto.
Providências
O presidente do Sindicato dos Bancários, Marcos Henriques, declarou em entrevista ao vivo ao Bom Dia Paraíba, da TV Cabo Branco, que a insegurança tem mudado o cotidiano dos profissionais, que estão aflitos com a frequência dos crimes.
Eles querem saber da Polícia Militar o que já está sendo feito no âmbito da segurança bancária. A categoria pede um projeto de monitoramento integrado, para que a polícia também tenha acesso em tempo real às imagens das câmeras das agências, com a finalidade de coibir a onda crescente de crimes contra os funcionários.
A categoria também pede um treinamento especial para que os servidores possam se prevenir contra assaltos e sequestros. O Sindicato já pediu a intervenção do Ministério Público do Trabalho no sentido de cobrar das empresas mais investimentos na proteção dos clientes e funcionários, e não apenas na segurança do patrimônio.
“Esperamos conseguir essas reivindicações de forma negociada. Caso contrário, iremos recorrer a um projeto de lei que possa ser apresentado à Assembleia Legislativa”, explicou Marcos Henrique.
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