ECONOMIA
Gás de cozinha sobe de novo e botijão pode chegar a R$ 60
Sindicato disse que o novo preço deverá ser cobrado na próxima semana. Esse vai ser o segundo reajuste de preço aplicado só em setembro, no dia 1º ele subiu 11%.
Publicado em 18/09/2015 às 6:00
Como se não bastasse o aumento médio de 11% no dia 1º de setembro, os revendedores de gás de cozinha já preparam um novo reajuste. Segundo o presidente do Sindicato GLP da Paraíba (Sinregás-PB), Marcos Antônio Bezerra, o novo preço deverá ser cobrado na próxima semana. O botijão de 13 quilos, cujo preço médio atualmente é de R$ 50,00, deverá passar para R$ 55, mas para os revendedores que já comercializam o produto por R$ 55,00, segundo pesquisa do Procon-JP, o botijão poderá ser adquirido por até R$ 60,00.
Ao longo deste ano, o valor do botijão do gás butano de 13 quilos já sofreu reajuste de até 37,5%. Em abril, ele custava cerca de R$ 40,00. Mas com o novo aumento o reajuste acumulado poderá atingir 50%.
Segundo Marcos, o segundo aumento do mês virá por causa do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF). O PMPF é divulgado em uma tabela cujos valores servem de base de cálculo para tributação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Essa pauta fiscal deve vir na próxima semana e é repassado na íntegra. O Piauí foi um dos estados que já reajustou”, frisou.
PROCON-JP
O secretário municipal de proteção e defesa do consumidor (Procon-JP), Helton Renê, afirmou que na próxima semana começará a notificar os estabelecimentos comerciais que reajustaram há alguns dias o gás de cozinha acima de 11%. O índice foi anunciado pelo Sinregás-PB, mas alguns
estabelecimentos estão vendendo acima deste percentual. “Embora o mercado seja livre, tem que haver o bom senso. Os empresários vão ter que justificar o aumento, caso contrário serão autuados”, frisou Renê. O presidente do Sinregás-PB explicou que na véspera do aumento do dia 1º de setembro a Petrobras anunciou alta de 15,57% nas refinarias. Por isso, conforme Marcos Antônio, existem pontos de venda que reajustaram o produto acima de 11%.
Outro problema detectado neste comércio e que poderá sofrer sanção do Procon-JP é o caso de revendedores que comercializam o gás de cozinha diferenciando o valor à vista do cartão de crédito, direto no vencimento. Este é o caso de um revendedor no bairro pessoense dos Bancários, em que o botijão custa R$ 50,00 em dinheiro e R$ 55,00 no cartão. O argumento da atendente é de que na compra à vista o valor é promocional. Helton Renê diz que não pode haver distinção entre as formas de pagamento.
SAIBA MAIS
A última pesquisa do Procon-JP, divulgada este mês, mostrou ainda que a variação do preço do gás butano para a compra no local de revenda é de 14,6%, com preços entre R$ 48,00 e R$ 55,00, uma diferença de R$ 7,00. Já para o botijão entregue em domicílio, a variação é de 10,4%, com valores oscilando entre R$ 48,00 e R$ 53,00, uma diferença de R$ 5,00. O secretário Helton Renê afirmou que esta prática não é proibida porque dependendo do padrão de venda da empresa há custos operacionais.
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