VAMOS TRABALHAR
Área de TI continua crescendo
Profissionais que ingressam no mercado de trabalho são disputados por empresas, além disso muitos são empreendedores de sucesso.
Publicado em 28/04/2013 às 6:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 14:59
Há quem confunda os profissionais de TI (Tecnologia da Informação) com pessoas nerds, que entendem tudo de computador e são viciadas em jogos de videogame. Mas esse estereotipo não retrata a realidade dos profissionais mais cobiçados do mercado de trabalho na atualidade. Com salários que variam entre R$1,5 mil a R$15 mil, eles não ficam desempregados. Em João Pessoa, pessoas jovens, com até 30 anos, são protagonistas de histórias de sucesso na área de TI. A seguir você conhece algumas.
Quando iniciou o curso superior de Redes de Computadores, Bruno Di Lorenzo tinha uma certeza: queria ser um profissional respeitado na área de TI. Ao mesmo tempo começou também o curso técnico de Desenvolvimento de Software. “Eu queria cursos voltados para o mercado de trabalho”, afirma. Anos depois trocou Redes de Computadores por Sistemas para Internet. E não se arrependeu.
Ele conta que começou na área desenvolvendo sites por conta própria. “Lembro que o primeiro trabalho foi criar o site de uma banda de música, com mais dois amigos meus. A banda acabou, mas o desejo de continuar na área de TI só aumentou”, declara Lorenzo, um dos sócios da empresa Soda Virtual, com sede em João Pessoa. A empresa foi criada em 2007, quando eles viram que o negócio de desenvolver sites dava lucro.
Atualmente, a empresa de Lorenzo tem 20 funcionários.
“Começamos com TI, mas também oferecemos serviços na área de marketing digital, consultoria digital, mídias sociais, etc”, explica. Segundo ele, os funcionários da área de TI são bem jovens. Todos com menos de 30 anos. “É uma área promissora, na qual o profissional tem boas expectativas de crescimento”, afirma. Lorenzo, aos 28, continua apostando no sucesso da profissão. E se dando bem.
Para Leonardo da Costa Santos, 22, a proposta de emprego veio logo após a conclusão do curso Sistemas de Informação. Ele não pensou duas vezes antes de deixar a cidade natal, Patos, no Sertão da Paraíba, para fixar residência em João Pessoa.
“Enviei currículo e logo fui chamado para fazer a entrevista. Dias depois me ligaram dizendo que eu havia sido selecionado”, lembra com entusiasmo. “O mercado está atendendo minhas expectativas em relação à área de TI. Cada dia tenho a certeza que fiz a escolha certa para minha vida profissional”, afirma.
Faltam profissionais qualificados
Até o final deste ano, cerca de 78 mil vagas no mercado de TI serão oferecidas no país, conforme pesquisa da McKinsey & Company (empresa de consultoria empresarial americana). Mas, segundo o professor Luiz Maurício Martins, 45 mil dessas vagas continuarão em aberto. O motivo é simples: faltam profissionais qualificados para ocupá-las. “Precisamos formar pessoas com qualidade. Os profissionais precisam ter as competências que o mercado exige”, frisa.
De acordo com Martins, coordenador dos cursos de TI do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), a demanda do mercado é crescente. Segundo ele, a sociedade evolui para o uso generalizado dos canais digitais: “Devido ao número crescente da internet no Brasil, as oportunidades aumentam para os profissionais da área”, comenta. “O profissional de TI entra em qualquer instituição, até no próprio governo, que também migra para o sistema digital”, afirma.
Conforme Martins, a procura pelos cursos praticamente dobrou nos últimos dois anos, tanto no superior de Ciência da Computação, como nos tecnólogos. “Orientamos aos profissionais uma educação continuada para que não percam espaço no mercado de trabalho”, declara o professor Luiz Maurício, PhD em Ciência e Tecnologia da Informação pela Universidade de Coimbra e consultor de empresas.
Vagas vão desde iniciantes até para gestores de projetos de TI
As áreas de TI que mais devem buscar profissionais são: desenvolvimento de aplicativos para mobile, administração de sistemas em nuvem e virtualização, design de jogos, user experience, Business Inteligence e segurança e gerenciamento de projetos. A afirmação é de Luís Testa, diretor de Marketing da Catho.
Segundo ele, de uma forma geral, é possível dizer que todas as carreiras em TI estão em busca de mão de obra qualificada, desde o programador até o CEO. “As carreiras que envolvem novas tecnologias são mais carentes porque existe uma demora natural para surgirem novos cursos que formem os profissionais”, explica.
Para quem está procurando o primeiro emprego na área de TI, a orientação do diretor da Catho é que o profissional busque se diferenciar dos demais candidatos. “É preciso ir além dos requisitos mínimos, que são conhecimentos em idiomas e bom relacionamento”, afirma. “É importante que esses profissionais mostrem segurança de seus objetivos na hora da entrevista.
Passar credibilidade no contato com o entrevistador é fator decisivo na hora da seleção”, acrescenta.
Ou seja, o segredo é mostrar interesse na vaga e na empresa e deixar transparecer ao selecionador que você tem foco na carreira e está cheio de vontade de trabalhar e crescer profissionalmente. “Cada vez mais as empresas estão aplicando testes técnicos nos profissionais para ter certeza que ele de fato tem o conhecimento necessário para exercer a função requerida”, declara o diretor da Catho. Escrever de forma adequada e se comunicar bem também são essenciais para quem quer se destacar. “O inglês, vale dizer, é um diferencial muito importante nesta área”, explica.
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