POLÍTICA
Famílias Toscano e Paulino se revezaram no poder durante anos
Nas eleições de 1992 o 'reinado' foi interrompido. Com 48,65% dos votos válidos, Jader Pimentel (PDT) ganhou as eleições.
Publicado em 20/05/2012 às 15:40
Um pouco dessa história de amor e ódio das famílias Toscano e Paulino: Em 1976, Roberto Paulino lançou candidatura a prefeito da cidade de Guarabira pelo partido MDB1 e foi eleito com 43,1% dos votos válidos (4.274 votos), derrotando seu principal adversário, Geraldo da Silva Pinto, da Arena 1, que recebeu 40,89% dos votos válidos. No ano de 1988, Paulino é novamente candidato a prefeito, agora pelo PMDB, e vence Jader Pimentel (PFL) com uma diferença de quase dois mil votos. Nesse intervalo, Paulino foi sucedido pelo seu aliado, Zenóbio Toscano.
Os anos foram passando e o povo testemunhando a cumplicidade entre os dois grupos, que se revezavam no poder.
Nas eleições de 1992, todavia, o 'reinado' foi interrompido. Léa Toscano foi a candidata do grupo, disputando a prefeitura com Jader Pimentel (PDT). As duas famílias contaram vitória antes do tempo e se surpreenderam com o resultado das urnas. Com 48,65% dos votos válidos, Jader ganhou as eleições em Guarabira, vencendo a tradição e a força das duas famílias dominantes.
Nas eleições seguintes, Léa conseguiu ser eleita, com uma diferença de mais de cinco mil votos. Foi reeleita em 2000, com uma diferença semelhante, derrotando Beto Meireles. O rompimento das famílias Toscano e Paulino transformou Guarabira em um verdadeiro campo de batalha por votos, a cada eleição. A rivalidade ocorreu depois que o grupo Paulino declarou apoio a José Maranhão (PMDB) e a família Toscano ficou com Ronaldo Cunha Lima (PSDB). Paulino, inclusive, foi candidato a vice-governador na chapa de Maranhão, em 1998. Quatro anos mais tarde, disputou (e perdeu) o Governo do Estado com Cássio Cunha Lima.
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