icon search
icon search
home icon Home > meio ambiente
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

MEIO AMBIENTE

Preservar o meio ambiente é desafio

Ambientalistas afiram que é possível que Campina seja uma cidade ecologicamente equilibrada.

Publicado em 11/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 26/04/2023 às 13:39

Para Campina Grande, a Rainha da Borborema, que desponta seus 149 anos de emancipação política, muitos são os desafios em relação a questões ambientais. Com seus mananciais em risco ecológico, como o de Bodocongó, para onde corre 70% do esgoto da cidade, déficit de mais de 600 mil árvores e, ainda mais importante, descaso da população em relação ao lixo, Campina está dentro de um compartimento (Borborema) que está hoje com 80% de sua cobertura vegetal devastada. Para os ambientalistas, basta apenas vontade da administração pública e da própria população para que Campina seja uma cidade ecologicamente equilibrada.

Segundo o membro da Associação da Proteção Ambiental (Apam) Roberto Almeida, as antigas matas do Itararé, Louzeiro e São José da Mata estão praticamente sem cobertura vegetal.

Ele informou que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) preconiza que em termos de arborização urbana deve haver 12 m² de vegetação para cada habitante. “Em consenso pode-se dizer que nenhuma cidade consegue acompanhar essa média devido às variáveis populacionais, entretanto é convincente que a depredação de árvores no patrimônio arbóreo urbano faz com que a cobertura vegetal nas cidades caia vertiginosamente, sendo inversamente proporcional ao crescimento da população”, disse.

Hoje Campina Grande está com um déficit de mais de 600 mil árvores. O ecologista também contou que existe uma grande preocupação com a poluição e a falta de infraestrutura para a proteção e garantias de existência dos mananciais da cidade, como o açude Velho, de Bodocongó e Zé Rodrigues (Galante).

O ecologista informou que outro problema de grandes cidades como Campina Grande é que o lixo não é tratado como uma solução e isso só depende da vontade do governo e da própria população. “Em Campina Grande houve a transferência do lixão da cidade para um questionado aterro na cidade de Puxinanã e até o momento o suposto aterro funciona sob uma liminar da justiça e sem a devida licença ambiental dos órgãos de controle e preservação do meio ambiente. Mas o lixo pode ser transformado e servir como fonte de renda”, alertou.

Para o ambientalista e doutorando em Recursos Ambientais Veneziano Guedes, o crescimento de cidades deve ser planejado em função do manejo ecológico de suas bacias e microbacias hidrográficas, sobretudo em trechos periurbano e rural que abrigam diversidade natural significativa. “A conciliação entre manejo e crescimento urbano é fundamental para integrar o aproveitamento econômico, a inclusão social e a sustentabilidade ambiental”, disse.

Segundo o ecologista Roberto Almeida, a população pode se educar para a diminuição do consumo desnecessário, a reutilização de produtos do lixo e a coleta seletiva para reciclagem. “Assim como também é importante que as equipes de gerenciamento do meio ambiente na cidade voltem a promover campanha de reflorestamento, atuando no sentido de educar a população para plantar árvores dentro de técnicas ambientais pré-estabelecidas e, ao mesmo tempo, preservem as árvores já existentes”, informou.

Há 50 anos morando às margens do açude de Bodocongó, o fabricante de redes Antônio Fernandes, 76 anos, já pescou muitos peixes no manancial, mas isso há muitos anos atrás, quando a água não era poluída. “Era uma satisfação para nós. A gente andava de canoa, pescava, era cada peixe enorme e hoje de nada serve esse açude, a não ser para receber o esgoto da cidade. É uma pena. Eu queria muito que fosse feito algum projeto para despoluir o local e que ele pudesse servir como um local de lazer para a comunidade”, disse.

O advogado José Francisco Barbosa, 67 anos, também mora há 50 anos às margens do açude Velho e todos os dias costuma fazer caminhada no espaço. “O local é um cartão postal, mas o mal cheiro e falta de manutenção tomam conta do açude. Eu desejo que a gente possa caminhar por aqui e respirar um ar puro de verdade”, contou.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp