COTIDIANO
Tragédia no Seridó
Por não aceitar divórcio empresário mata a esposa e em seguida se suicida, o crime aconteceu na cidade de Juazeirinho.
Publicado em 03/01/2012 às 6:30
Uma separação mal resolvida está sendo apontada como a causa de uma tragédia familiar que chocou os moradores da cidade de Juazeirinho, no Seridó paraibano. O casal de empresários Genildo Nascimento da Costa, de 39 anos, e Débora da Costa Nascimento, de 32 anos, foram encontrados mortos no escritório da família, por volta das 23h de sábado.
Segundo a polícia, o marido teria atirado na esposa e em seguida cometido suicídio.
O crime aconteceu na fábrica de biscoitos do casal, no bairro do Alto dos Medeiros. Os corpos só foram encontrados depois que funcionários desconfiaram ao encontrar a empresa trancada com os carros do casal estacionados no lado de fora, no horário em que havia sido combinado o pagamento do salário de dezembro. Eles procuraram o gerente que ainda tentou ligar para o celular dos empresários, mas como não obteve retorno decidiu chamar a polícia.
No local do crime, a polícia encontrou marido e mulher mortos um ao lado do outro. Ambos estavam com marcas de tiro na cabeça e a arma do crime foi encontrada na mão direita de Genildo Nascimento. Segundo a Polícia Militar, não havia marcas de arrombamento na fábrica e nenhum objeto de valor foi roubado, reforçando a hipótese de crime passional. A polícia não sabe ainda precisar o horário das mortes, já que ninguém ouviu os disparos.
A suspeita é que o homicídio seguido de suicídio tenha ocorrido por volta das 16h, devido a coagulação do sangue encontrado no chão.
Familiares da vítima contam que o casal estava em processo de separação, mas que Genildo Nascimento, mais conhecido como ‘Dedé’, não aceitava o divórcio. O impasse começou quando a separação amigável esbarrou na divisão do patrimônio do casal. “Ele queria repartir o que era dele e o que era dela meio a meio. Ela sugeriu que tinha de ser tudo das filhas e ela ficar administrando as finanças”, relatou Gerson Nascimento, irmão de Genildo.
Já a família de Débora afirma que o casal vivia bem, mas tinha começado a se desentender há pouco tempo. “A gente ouvia só comentários de que eles estavam se separando, mas era um casal que vivia bem, trabalhando muito para criar bem as filhas”, relata Luiza Silva, irmã de Débora. O velório do casal reuniu centenas de pessoas no Ginásio Municipal de Juazeirinho durante a tarde de domingo. Genildo e Débora deixam duas filhas pequenas.
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