VIDA URBANA
Apesar de decisão da Justiça, Educação de João Pessoa segue em greve
Uma liminar decretou ilegal o movimento. Sindicato disse que está esperando a publicação da decisão para avaliar a questão.
Publicado em 12/04/2016 às 13:42
Apesar de uma liminar, expedida na última quarta-feira (6) pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), que decretou ilegal a greve dos professores e profissionais da educação da rede municipal de João Pessoa, a paralisação das atividades deve continuar nos próximos dias. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa (Sintem-JP), Daniel de Assis, a categoria recebeu a notificação da liminar, mas o prazo de 48 para a volta das atividades é dado a partir da publicação da decisão no Diário da Justiça. “Nós recebemos a notificação na quarta-feira à tarde, mas o próprio documento é claro ao dizer que o prazo é a partir da publicação no Diário, o que ainda não aconteceu. Então amanhã temos uma nova assembleia onde vamos levar essa questão, caso a liminar seja publicada até lá”, declara.
Cerca de 9 mil servidores estão de braços cruzados desde o dia 4 de abril e mais de 60 mil alunos estão sendo prejudicados com a falta de aulas. De acordo com o diretor de gestão curricular da Secretaria Municipal de Educação (Sedec), Gilberto Cruz, houve uma dupla interpretação da notificação expedida pelo Tribunal. “Eles interpretaram como o prazo sendo dado a partir da publicação, mas também há a possibilidade de ser a partir do recebimento da notificação. Vamos aguardar até amanhã para ver qual a solução vai ser proposta na assembleia deles e aí podemos tomar uma atitude”, afirma Cruz.
A principal reivindicação dos grevistas é a reposição salarial de 11,36%. De acordo com Gilberto Cruz, a prefeitura não tem condições de arcar com essa reivindicação e já regularizou a situação dos prestadores de serviço, que estavam recebendo abaixo do piso da categoria.
“Nós já estamos elaborando um calendário de reposição de aulas para os alunos que foram prejudicados. É certo de que eles não terão aulas aos sábados, mas há a possibilidade do ano letivo entrar em janeiro de 2017”, adiantou o diretor de gestão curricular da Sedec.
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