POLÍTICA
Romero e Gervásio disparam divergências sobre empréstimo
Romero diz que a preço de hoje votaria pelo veto do pedido. Gervásio Filho culpou a mesa diretora da Casa pelo que ele chama de "falta de sensibilidade e de compromisso com a Paraíba".
Publicado em 07/07/2009 às 11:39
Phelipe Caldas
Deputados estaduais de situação e de oposição tiveram diferentes reações diante da notícia de que o colega Zenóbio Toscano (PSDB) não iria apresentar nesta terça-feira (7) o parecer sobre o pedido de empréstimo feito pelo governador José Maranhão (PMDB) ao BNDES.
Romero Rodrigues (PSDB) disse que não era um "deputado-lagartixa" e que não iria votar favorável a algo que ainda não estava convencido, enquanto que Gervásio Filho (peemedebista líder do governo na Casa) lembrou que esta era a primeira vez em mais de seis anos de mandato que um pedido de "urgência" do Poder Executivo não era respeitado pela AL.
Romero ponderou que não existe posição imutável, e que por isto não descarta votar favorável ao assunto, mas que a preço de hoje votaria pelo veto do pedido. Ele explicou que o detalhamento feito e apresentado pelo governador José Maranhão (PMDB) não constava oficialmente na matéria e sugeriu que isto poderia ser uma manobra para depois o Governo usar o dinheiro como bem quisesse.
"Falta transparência no projeto. Se o Governo quer pressa, ele que peça a matéria de volta, anexe o detalhamento oficial e devolva o pedido para que nós analisemos. Mas assim do jeito que está não dá para continuar. Depois, é importante dizer à sociedade que não se trata de uma concessão, mas de um empréstimo que trará mais ônus à máquina pública", frisou.
O tucano disse ainda que em janeiro o Governo da Paraíba tinha R$ R$ 300 milhões de superávit, questionando assim onde estava todo este dinheiro.
Gervásio Filho, por sua vez, preferiu culpar a mesa diretora da Casa pelo que ele chamou de "falta de sensibilidade e de compromisso com a Paraíba". Segundo ele, "hospitais e barragens esperam o dinheiro para serem reconstruídos e até a área de segurança pública espera o empréstimo para receber algumas modernizações".
Ele ponderou, contudo, que ao contrário do que aconteceu há duas semanas a bancada de situação não deve mais boicotar a votação da Lei de Diretrizes Orçamentária, abrindo caminho para que a LDO seja votada na tarde desta terça. "Na época, adiamos a votação da LDO para evitar que a Casa entrasse em recesso e assim o empréstimo pudesse ser votado. Mas isto não foi possível porque a Casa desrespeitou o regimento e instalou um ilegal recesso branco", criticou.
Segundo ele, a reforma no prédio-sede da AL não é desculpa para a não realização de sessões, porque bastava atravessar a Praça João Pessoa e realizar a reunião na Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Paraíba.
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