VIDA URBANA
FPF inicia investigação de cheques da entidade
Junta quer saber se pessoas que receberam dinheiro realmente prestaram serviços
Publicado em 04/07/2014 às 8:23 | Atualizado em 05/02/2024 às 11:09
A Junta Administrativa da Federação Paraibana de Futebol publicou nesta quinta-feira um edital convocando 41 pessoas físicas e jurídicas para apresentarem documentos que comprovem eventuais prestações de serviços realizados para a entidade e a que título foram realizadas. Segundo os novos dirigentes da FPF, todos estes depositaram nos últimos doze meses cheques nominais da Federação em suas respectivas contas, mas na entidade não existe nenhum documento que comprove qualquer vínculo entre as partes.
Segundo o documento, estas pessoas terão 10 dias para apresentarem as documentações. E depois deste prazo um relatório será enviado à Justiça para que esta tome “as providências judiciais que entender cabíveis”. A princípio, portanto, ninguém da lista está necessariamente em condição irregular, mas os integrantes da Junta dizem que a falta de documentação pode ser indício de irregularidades.
"Não vamos falar nada ainda sobre o assunto. Precisamos ter cautela. Na verdade, quem vai analisar a documentação é a Justiça", resumiu Ariano Wanderley, um dos integrantes da Junta que realiza a intervenção na FPF.
Na relação, alguns nomes chamam a atenção. A ex-presidente Rosilene Gomes, afastada do cargo em 3 de abril, aparece na lista como tendo sacado dinheiro da entidade para sua conta pessoal. Empresas da ex-presidente e da família dela também estão na relação. Uma empresa de Josivaldo Alves, do CSP, também aparece.
Na lista aparece ainda uma série de outras empresas dos mais variados ramos, como o de material esportivo, confecções, marketing, piscinas e aves. A relação ainda conta com o nome de funcionários da FPF e de aproximadamente 10 radialistas que atuam na crônica esportiva paraibana.
PRAZO PRORROGADO
A juíza Renata da Câmara, da 8ª Vara Cível de João Pessoa, decidiu prorrogar por mais 30 dias a atuação da Junta Administrativa da Federação Paraibana de Futebol, nomeada com o objetivo de investigar supostas irregularidades na eleição da ex-presidente Rosilene Gomes, realizada em 23 de junho de 2010.
Em sua justificativa para prorrogar o período dos interventores no poder, ela citou que documentos repassados neste período pelo promotor Alexandre Jorge, da Promotoria de Fundações de João Pessoa, "foram, em tese, comprovadas outras irregularidades na representação legal das agremiações votantes".
Na decisão inicial, a Junta teria 90 dias para investigar a situação na Federação Paraibana, podendo este prazo ser adiado por mais 30 dias.
Como os interventores foram nomeados no dia 4 de abril de 2014, este prazo inicial acabava justamente ontem. Agora, no entanto, eles têm até 4 de agosto para seguir com as investigações sobre a atual situação da entidade.
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