VIDA URBANA
MP convoca CRM para inspecionar maternidade após mortes de bebês
Em uma semana três bebês morreram na Cândida Vargas na Capital. Data da inspeção ainda não foi marcada, mas segundo promotor Arlan Costa Barbosa será em breve.
Publicado em 12/05/2010 às 12:16
Da Redação
Com informações de Natália Xavier, do Jornal da Paraíba
Na manhã desta quarta-feira (12) o promotor de Justiça Arlan Costa Barbosa visitou a maternidade do Instituto Cândida Vargas, na Capital, e garantiu que vai marcar uma inspeção junto com o Conselho Regional de Medicina na maternidade.
Durante a visita o promotor conversou com Ana de Lourdes, diretora da maternidade, e ainda com Lidiane Cátia de Souza Queiroz, a mãe do recém-nascido prematuro que morreu um dia após após o parto. A criança nasceu com seis meses e apenas 600 gramas.
De acordo com o promotor, o Ministério Público da Paraíba e Conselho Regional de Medicina vão realizar uma inspeção a maternidade para averiguar as denúncias feitas após as mortes do bebês. Ele adiantou que a data ainda não foi fechada, mas que será em breve.
Arlan Barbosa adiantou que já solicitou ao secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Gustavo Gominho, a abertura do inquérito e a designação um delegado para investigar as mortes.
Segundo ele, as causas das mortes ocorridas na Maternidade Cândida Vargas deverão ser analisadas de acordo com um levantamento que levará em consideração as instalações do hospital, as condições dos medicamentos e se realmente está acontecendo negligência médica no atendimento aos pacientes.
Três bebês mortos em uma semana
A família da paciente Lidiane Cátia de Souza Queiroz, de 19 anos, vinda do município de Gurinhém à Capital, denuncia que a equipe médica teria machucado as pernas do bebê, uma menina chamada Lívia, com o uso do fórceps durante o parto. A filha ainda sobreviveu por dois dias, mas morreu na manhã desta quarta-feira.
As outras duas mortes aconteceram ainda no ventre das mães na semana passada, com pacientes vindas do interior do Estado. As mães que perderam seus filhos foram Patrícia Pedro da Silva e Maria do Carmo Silva.
No caso desta última paciente, de 42 anos, ela estava grávida de 34 semanas, o equivalente a oito meses, foi internada no dia 28 de abril na Maternidade Cândida Vargas com a perda de líquido. Passou três dias no hospital e foi mandada para casa. Sentiu-se mal e foi orientada a voltar para a maternidade no último sábado. No entanto, ao ser submetida a uma ultrassonografia, constatou-se que o bebê estava morto.
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